Plástica mitral
Mitral valvuloplasty

Rev. bras. cir. cardiovasc; 5 (2), 1990
Publication year: 1990

Foram estudados 101 pacientes submetidos a plástica da valva mitral em seis anos, com seguimento de 100 por cento. Entre eles, 36 eram do sexo masculino e 65 do sexo feminino, com idade variando de dois a 62 anos (M = 28 ñ 16,4). Desses, 57 (56,4 por cento) foram submetidos apenas a abordagem valvar mitral. Os demais foram submetidos a procedimentos associados, como plástica tricúspide (9,9 por cento), revascularizaçao do miocárdio (4,0 por cento), entre outros. Nao foi registrado óbito imediato. O índice de mortalidade tardia foi de 2 por cento (AVC hemorrágico após cinco anos e septicemia), no primeiro ano. As complicaçoes nao fatais foram representadas pela endocardite evidenciada em dois pacientes (2 por cento), sendo tratados e curados, e um paciente com reestenose mitral pós-plástica por reagudizaçao da doença reumática. O estudo atuarial revelou um índice de 79,0 ñ 17,7 por cento de sobrevida, um total de 76,3 + 17,8 por cento de pacientes livres de complicaçoes, 80,0 + 17,9 por cento de reoperaçoes, 100,0 por cento livres de tromboembolismo. Os resultados ecodoplercardiográficos registraram que 89 por cento dos pacientes evoluíram com ausência de insuficiência. Dos ll por cento restantes, 7,4 por cento apresentram insuficiência mitral discreta, 2,4 por cento moderada e 2 por cento importante. De acordo com a classificaçao da NYHA, os pacientes das classes III (83,8 por cento) e IV (l6,2 por cento) passaram para as classes I (33,3 por cento), II (60,6 por cento), III (4,1 por cento) e IV (2 por cento). Os autores concluem que o anel de pericárdio flexível conforma-se perfeitamente com o anel valvar, nao produz hemólise e se endoteliza completamente a médio prazo.

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