Comissurotomia mitral: como evoluem os pacientes a longo prazo?
Mitral comissurotomy: how is the long-term evolution of the patients?

Rev. bras. cir. cardiovasc; 5 (2), 1990
Publication year: 1990

Procurando saber qual a evoluçao a longo prazo daqueles pacientes submetidos a comissurotomia mitral há mais de 14 anos, analisamos 100 pacientes, operados entre 1962 e 1975 e que tiveram seu acompanhamento no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. Muitos pacientes foram operados nesse intervalo, mas nao tiveram seu seguimento em nossa Instituiçao e nao foram considerados. Setenta e seis eram do sexo feminino e 24 do masculino, com idades variando de ll a 50 anos, com média de 30,8 anos. Sessenta e cinco pacientes foram reoperados, sendo que em 18 ocasioes realizou-se outra comissurotomia, em um fez-se a revascularizaçao, em um substituiçao da valva tricúspide; em 45 vezes a valva foi substituída (43 próteses biológicas e duas metálicas). O tempo médio entre a primeira e a segunda cirurgias foi de 13,6 anos. Nao houve óbitos na reoperaçao. Trinta e cinco pacientes continuam em evoluçao da primeirs cirurgia, com um tempo médio de 17,2 anos, com um mínimo de 14 anos e um máximo de 27 anos. Dez estao no grupo funcional I, 17 no II, sete no III e um no grupo IV. Desta forma, dos 100 pacientes iniciais, 52 ainda estao com suas valvas naturais, mostrando que, apesar de a evoluçao da doença poder levar a alteraçoes nas valvas operadas, a comissurotomia mitral consegue uma boa evoluçao a longo prazo.

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