Assistência circulatória com bomba centrífuga no choque cardiogênico após cirurgia com extracorpórea
Assisted circulation with centrifugal pump in cardiogenic shock after surgery with extracorporeal

Rev. bras. cir. cardiovasc; 6 (2), 1991
Publication year: 1991

No período de abril a dezembro de 1990, quatro pacientes foram submetidos a utilizaçao de bomba centrífuga, para suporte circulatório. Em todos, foi colocado previamente balao intra-aórtico e feito uso maciço de drogas vasoativas. A primeira paciente apresentava aneurisma de ventriculo esquerdo, com fraçao de ejeçao de 16 por cento no pré-operatório. Após correçao do aneurisma, nao se conseguiu retirála de extracorpórea pelos métodos convencionais. Optou-se, entao, pelo uso de assistência ventricular esquerda, que foi mantida por 48 horas. Teve boa evoluçao, estando, atualmente, no l1( mês de pós-operatório em classe funcional II. O segundo caso foi de paciente submetido a revascularizaçao do miocárdio e troca valvar mitral. No 2( dia de pós-operatório, apresentou oclusao de ponte de safena para descendente anterior, com infarto e parada cardíaca. Massageado, reaberto e recolocado em circulaçao extracorpórea, nao saiu de "bomba". O ventrículo esquerdo apresentava infarto anterior extenso, sendo colocado em assistência ventricular esquerdo como "ponte" para transplante. Após cinco dias de assistência, sem se conseguir doador, apresentou óbito por embolia pulmonar. O terceiro caso foi de paciente com má funçao ventricular esquerda, submetido a revascularizaçao do miocárdio. Também nao se conseguiu retirar de circulaçao extracorpórea. Foi colocado em assistência ventricular esquerda por 32 horas, quando se conseguiu retirar a bomba centrífuga. Esse paciente apresentou distúrbios severos de coagulaçao. Apesar de estável hemodinamicamente, houve piora progressiva da funçao pulmonar, com óbito no 4( dia de pós-operatório. O quarto caso foi de paciente submetido a correçao de aneurisma de ventrículo esquerdo e revascularizaçao do miocárdio. Nao se conseguiu retirar de circulaçao extracorpórea, e optado por assistência ventricular esquerda com bomba centrífuga. Apresentou melhora progressiva de funçao ventricular, sendo possível a retirada da bomba após 60 horas. O paciente faleceu no 35(dia de pós-operatório por complicaçoes respiratórias. Acreditamos que a utilizaçao com maior freqüência e mais precossemente de assitência circulatoria, permitirá uma reduçao da mortalidade global. O uso de ecocardiograma intra-esofágico nos nossos 4 pacientes foi útil na avaliçao da funçao ventricular, fornecendo subsídios para retirada ou nao da assitência.

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