Hipertrofia septal assimétrica: técnica de correçäo e análise da evoluçäo pós-operatória
Asymetric septal hypertrophy: repair technic and postoperative evolution analysis

Rev. bras. cir. cardiovasc; 6 (3), 1991
Publication year: 1991

A hipertrofia septal assimétrica (HSA), ou estenose subaórtica dinâmica é doença que apresenta características peculiares relacionadas tanto ao diagnóstico quanto à técnica cirúrgica empregada para o seu tratamento. De setembro de 83 a setembro de 89, 16 pacientes consecutivos (1O homens) com idades de sete meses a 66 anos (30,87 + 22,42) foram submetidos a tratamento cirúrgico. Este consistiu, fundamentalmente, da nao abordagem do septo interventricular e sim da ressecçao muscular realizada na regiao da via de saída do ventrículo esquerdo, parede anterior entre os seios aórticos coronarianos direito e esquerdo. Esta miectomia, profunda e extensa foi realizada isoladamente em dez pacientes e nos outros seis associada a outros procedimentos: ligadura de canal arterial e ressecçao de anel subaórtico fibroso em dois; descalcificaçao de valva aórtica (VAo) em um; ressecçao de banda muscular em ventrículo direito em um: ressecçao de vegetaçao de VAo em um; fechamento de CIV com plastia de VAo em um. Em todos os casos foram feitas medidas intra-operatórias das pressoes do VE e aorta após desconexao da circulaçao extracorpárea. Nao houve nenhum óbito imediato neste grupo de pacientes. Houve um (6,2 por cento) óbito tardio, um anos após, nao relacionado à doença. Com relaçao a distúrbios na conduçao atrioventricular, houve um (6,2 por cento) bloqueio A-V total, com implante de marcapasso definitivo. Houve dois (l2,5 por cento) bloqueios de ramo esquerdo, e três (l8,7 por cento) bloqueios divisionais ântero-superiores, sem alteraçoes nos demais pacientes. Em um período de 19 a 90 meses (56,00 ñ 23,72), 14 (87,5 por cento) pacientes encontram-se assintomáticos.

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