Versatility of the bilobed flap
Versatilidade do retalho bilobado

Rev. bras. cir. plást; 26 (3), 2011
Publication year: 2011

BACKGROUND:

The bilobed flap is a double transposition flap. Its geometric structure enables a better distribution of tensile forces along its rotation axis, avoiding the skin distortions and redundancy generated by other flaps or primary sutures. The bilobed flap can be made with axial and random vascular patterns, depending on the anatomical region.

METHODS:

This study reviews 45 surgical cases, describing in detail the technique used to produce the bilobed flap. Defects were classified as small, medium, or large, and several clinical cases are presented in order to explore the versatility of this flap in various etiological diagnoses and anatomical sites.

RESULTS:

In 93 percent of the cases, the bilobed flap was used for oncologic reconstructions, and the cephalic segment was affected in 71 percent of cases. Postoperative complications were absent in 85 percent of the cases. The rates of infection, trapdoor scar, and epitheliosis and necrosis were 4.4 percent, 4.4 percent, and 11.1 percent, respectively. The overall complication rate was 15 percent. However, these complications did not compromise the clinical evolution of the cases, and the bilobed flap proved to be resolutive in various situations, providing good functional and aesthetic results.

CONCLUSIONS:

The bilobed flap is versatile, easy to implement, and is widely used in plastic surgery.

INTRODUÇÃO:

O retalho bilobado é um retalho de dupla transposição. Sua estruturação geométrica permite melhor distribuição das forças de tensão ao longo de seu eixo de rotação, evitando distorções e redundâncias cutâneas geradas por outros retalhos ou sutura primária. Pode ser confeccionado com padrão vascular axial e aleatório, dependendo da região anatômica.

MÉTODO:

Este trabalho faz uma revisão de 45 casos operados, descrevendo em detalhes a técnica utilizada para confeccionar o retalho bilobado. Os defeitos são classificados em pequenos, médios e grandes e diversos casos clínicos são apresentados, explorando a versatilidade desse retalho em diferentes diagnósticos etiológicos e sítios anatômicos.

RESULTADOS:

Em 93 por cento dos casos, o retalho bilobado foi empregado em reconstruções oncológicas, sendo o segmento cefálico acometido em 71 por cento. Não houve qualquer intercorrência pós-operatória em 85 por cento dos casos. A taxa de infecção foi de 4,4 por cento; de cicatriz em alçapão, de 4,4 por cento; e de epiteliólise e necrose, de 11,1 por cento. A taxa geral de complicações foi de 15 por cento. Entretanto, tais complicações não comprometeram a evolução clínica dos casos e o retalho bilobado mostrou-se resolutivo em diferentes situações, propiciando bom resultado tanto funcional como estético.

CONCLUSÕES:

O retalho bilobado é versátil, de fácil execução e com ampla aplicabilidade em cirurgia plástica.

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