Rev. bras. cir. plást; 27 (1), 2012
Publication year: 2012
INTRODUÇÃO:
Nos últimos 3 anos, o aumento da procura pela gluteoplastia cresceu em 20% no Brasil. Apesar de ser pergunta frequente nos consultórios de cirurgia plástica, não existem dados na literatura sobre a durabilidade da prótese. O objetivo deste trabalho é avaliar o tempo médio de duração do implante de silicone para gluteoplastia. MÉTODO:
Estudo retrospectivo observacional, no qual foram revisados 380 prontuários para obtenção dos dados idade, data de inclusão da prótese e data da reoperação. Foi calculado o tempo médio entre a primeira cirurgia para inclusão do implante e a reoperação para troca ou retirada da prótese. RESULTADOS:
Dos 380 casos avaliados, 70 pacientes foram reoperados pelo autor sênior, apenas 2,8% dos casos apresentaram prótese íntegra durante a reoperação e os demais estavam com a prótese rota. A prótese do glúteo direito estava rompida em 100% dos casos e a do glúteo esquerdo, em 80%. CONCLUSÕES:
O implante glúteo apresenta tempo de vida útil inferior ao do implante de mama, apesar de ser fabricado com o mesmo material. Esse fato decorre da maior exposição da prótese à tensão por compressão, o que explica sua menor durabilidade estar associada ao estilo de vida e à profissão da paciente.
BACKGROUND:
Over the last 3 years, there has been an increase in the number of patients requesting gluteoplasty. Despite this increase, there are no published data on the durability of gluteal prostheses. This study evaluated the mean useful life of silicone implants for gluteoplasty. METHODS:
This was a retrospective observational study. A total of 380 medical records were reviewed to obtain data on age, the date of prosthesis insertion, and the date of reoperation. The mean time between the first surgery for insertion of the implant and the second surgery for exchanging it for a new one or to remove it was calculated. RESULTS:
Of the 380 cases evaluated, 70 patients were reoperated on by the senior author; only 2.8% of these cases showed an intact prosthesis during the reoperation, and all others presented with a ruptured prosthesis. The right and left buttock prostheses were ruptured in 100% and 80% of the cases, respectively. CONCLUSIONS:
The useful life of gluteal implants is shorter than that of breast implants despite being manufactured from the same material. This is because gluteal prostheses are subjected to more tension and compression, which are associated with the lifestyle and job of the patient.