Foi feito um levantamento de 138 pacientes portadores de trombose venosa dos membros inferiores, e realizado estudo comparativo entre a eficácia do tratamento clínico e cirúrgico.

Os pacientes foram divididos em dois grupos:

Grupo I, pacientes tratados clinicamente pelo método convencional; Grupo II, pacientes submetidos a tratamento cirúrgico pela trombectomia venosa. O tratamento clínico foi instituído a todos os pacientes da observvaçäo, sendo que em 20 (14%) foi indicado o tratamento cirúrgico. Para efeito de estudo comparativo foram considerados somente os pacientes seguidos em regime ambulatorial, desde sua internaçäo. A flebografia foi realizada em alguns casos do Grupo I e em todos do Grupo II, tanto no pré como no pós-operatório, para mostrar a patência do segmento femoral e ílio-femoral. Näo houve mortalidade ou embolismo pulmonar em ambos os grupos observados. A heparina foi utilizada por um período de 10 dias, seguida do tratamento oral pelo fenprocumone. Todos os pacientes foram acompanhados durante 6 a 10 meses após o tratamento clínico e cirúrgico. O objetivo desses tratamentos foi evitar as seqüelas da síndrome pós-flebítica, reduzir a morbidade do episódio e prevenir o embolismo pulmonar. As falhas e os sucessos de ambos os tratamentos ficaram na dependência do maior ou menor grau de acometimento do estado geral do paciente, do período de latência entre o início da trombose e do tratamento cirúrgico, e, principalmente, do tipo, local e extensäo da trombose venosa. A seqüela pós-trombótica näo pôde ser evitada em cerca de 56% dos pacientes tratados clinicamente e em 45% dos pacientes cirúrgicos, apesar da trombectomia