É apresentado um estudo retrospectivo de 40 pacientes com feridas do reto, operados no Hospital Universitário Antônio Pedro entre janeiro de 1981 e junho de 1986. O agente etiológico mais comum foi o projétil de arma de foto (19 pacientes), seguido do empalamento (16) e, com menor freqüência: traumatismo fechado (3), arma branca (1) e curetagem uterina (1). O tratamento mais utilizado foi a sutura da ferida com sigmoidostomia, lavagem do cólon distal acompanhada de drenagem pélvica. Dentre as complicaçöes sobressaíram as de natureza infecciosa, com destaque para o abscesso pélvico (10 pacientes), que foi o responsável pela maior morbidade e tempo de internaçäo mais prolongado. Foi registrado óbito em apenas um paciente, diabético, que evoluiu com infecçäo grave da parede abdominal. Säo discutidos outros métodos terapêuticos empregados, concluindo-se que os procedimentos descritos säo eficientes e que a prevençäo e o tratamento de infecçäo devem ser implementados rotineiramente nas feridas do reto