Foram relatadas as vantagens e os inconvenientes do estadiamento cirúrgico da doença de Hodgkin (DH), baseado na experiência de 73 casos, oriundos de duas instituições hospitalares no Rio de Janeiro-RJ, Brasil. As idades limítrofes foram de quatro a 66 anos, predominando no sexo masculino (41 casos - 56,2 por cento). A localização da doença foi mais freqüente nos linfonodos cervicais (55 casos - 73,9 por cento). O tipo histológico predominante foi celularidade mista (32 casos - 48,8 por cento), segundo a Classificação de Rye. Dentre os 66 casos (INCa) ocorreram complicações pós-operatórias imediatas em 11 casos (16, 6 por cento) e as tardias em 18 (27,2 por cento). A morbidez e a mortalidade da laparotomia e esplenectomia para o estadiamento da doença de Hodgkin depende da idade, das condições físicas dos pacientes, da extensão da doença, da instituição e do adestramento da equipe cirúrgica. A mortalidade pós-operatória imediata foi nula, considerada até o 30§ dia de pós-operatório. Concluiu que o estadiamento cirúrgico da DH, fundamentados em critérios seletivos, conserva ainda o seu valor no diagnóstico e na terapêutica da doença de Hodgkin, apesar dos recentes progressos da medicina, em especial do diagnóstico por imagem, da ciência e da tecnologia.