Análise da força da mäo dominante em relaçäo à mäo näo-dominante em escolares de 8 a 18 anos
Strength analysis of dominant hand regarding non-dominant hand in students from 8 to 18 years of age

Rev. bras. ciênc. mov; 5 (1), 1991
Publication year: 1991

O objetivo deste estudo foi verificar a relaçäo existente entre a força da mäo dominante a a mäo näo dominante de escolares da rede pública e ensino. Para tanto, foram avaliadas 330 crianças do sexo masculino e 330 do sexo feminino da regiäo de Säo Caetano do Sul, com idade de 8 a 18 anos, sendo 30 indivíduos para cada faixa etária e sexo. Os escolares foram submetidos às medidas de peso corporal, altura total, teste de preensäo manual para mäo dominante (D) e näo dominante (ND) segundo padronizaçäo CELAFISCS. Para análise dos dados foi utilizado teste t de "Student" com nível de significância de p < 0.05 para comparar a força em valores absolutos e em valores porcentuais (delta%); a porcentagem de maturaçäo e a velocidade de crescimento. Os valores absolutos encontrados se mostraram crescentes com o decorrer da idade para ambos os sexos, sendo que a mäo dominante apresentou resultados superiores nos dois sexos em todas as idades. Os dados evidenciaram tendência de afastamento da força da mäo D em relaçäo à força da mäo ND em ambos os sexos. Para escolares do sexo masculino ocorreu menor diferença entre as mäos ao 13 anos, enquanto que no sexo feminino tal glutuaçäo ocorreu aos 12 anos. Tal fato pode ser explicado por uma maturaçäo mais precoce das meninas em relaçäo aos rapazes. Encontrou-se diferença significativa entre a força da mäo D e a mäo ND no sexo feminino, nas idades de 11 e 15 anos, o que näo ocorreu no sexo masculino. Nos valores do delta % notou-se que a diferença entre a força da mäo D e mäo ND manifestou-se inconstante nas diferentes idades para ambos os sexos, apresentando variaçäo de 1,17% a 9,00% para o sexo masculino e de 2,9% a 11,70% para o sexo feminino.

Assim podemos concluir que:

a) a força evolui com o passar da idade de forma semelhante para ambos os sexos; b) a maturaçäo parece estar agindo como um fator de desequilíbrio entre os dois lados do corpo; c) a partir desta análise estaríamos com subsídios mais fidedignos para avaliaçäo do desenvolvimento e prescriçäo dessa variável, minimizando desta forma o erro na orientaçäo de um programa de atividade física

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