Objetivo:

Verificar a prevalência de anomalias dentárias em crianças na faixa etária de 2 a 11 anos, na cidade de João Pessoa-PB.

Material e Métodos:

Foram analisadas radiografias panorâmicas pertencentes a 496 pacientes (256 meninos e 240 meninas), atendidos na Clínica Radiológica Interface. Avaliou-se a ocorrência de anomalias de número, forma, tamanho, posição e estrutura, sendo os dados submetidos aos testes do Qui-Quadrado e exato de Fisher, com nível de significância de 95 por cento (p<0,05).

Resultados:

A prevalência de anomalias foi de 74 por cento (n=367), das quais 17,9 por cento (n=66) corresponderam a anomalias dentárias de número (anodontia - 68,2 por cento; extranumerário - 31,8 por cento), 2,7 por cento (n=8) de forma (dilaceração - 50 por cento; geminação - 21,5 por cento; fusão - 12,5 por cento; taurodontia - 12,5 por cento; dens in dente - 12,5 por cento), 2,4 por cento (n=9) de tamanho (microdontia - 88,9 por cento; macrodontia - 11,1 por cento), 83,1 por cento (n=305) de posição (giroversão - 89 por cento; impactação - 9,8 por cento; transposição - 0,9 por cento; erupção ectópica - 0,3 por cento) e 0,5 por cento (n=2) das anomalias eram de estrutura (displasia dentária - 100 por cento). Não foram encontradas diferenças entre os sexos (p>0,05). As anomalias de posição mais prevalentes (p<0,05) nas meninas (52,45 por cento; n=160) em relação aos meninos (47,54 por cento; n=145).

Conclusão:

Foi elevada a prevalência de anomalias de posição e número, sendo estas influenciada pelo gênero. Tal fato denota a importância do exame radiográfico de rotina no diagnóstico precoce das anomalias dentárias na perspectiva que o tratamento adequado destas patologias possa ser instituído