Estudo realizado com o objetivo de conhecer o perfil dos infartados atendidos no Hospital das Clínicas de Ribeiräo Preto, entre maio e novembro de 1994. Os dados foram coletados através de entrevista com os pacientes e consulta ao prontuário médico. Os resultados obtidos e analisados, segundo o Modelo de "Campo de Saúde", foram: a) biologia humana - 66,7 por cento do sexo masculino; 73,2 por cento na faixa de 50-80 anos; 55,5 por cento hipertensos; 24,4 por cento dislipidêmicos; 20 por cento diabéticos; 51,1 por cento com história familiar positiva para hipertensäo; 26,6 por cento para infarto e 24,4 por cento para acidente vascular cerebral; b) caracterizaçäo sócio-econômica: 71,1 por cento com renda mensal menor que 6 salários-mínimos; 82,2 por cento analfabetos ou com primeiro grau incompleto; 47 por cento economicamente ativos e 68,8 por cento casados; c) estilo de vida: 88,8 sedentários; 55,5 por cento tabagistas e 55,4 por cento referiram estresse diário; d) atençäo à saúde: 68,8 por cento acompanhados em serviços de saúde; 75,5 por cento conheciam o diagnóstico atual e 62,2 por cento solicitavam informaçöes sobre fisiopatologia, prognóstico e reabilitaçäo. A presença de 2 ou 3 fatores de risco para doença isquêmica cardíaca foi verificada em 62,2 por cento dos pacientes. Em relaçäo ao modelo utilizado constatou-se, em seus quatro elementos, a presença de fatores de risco para o infarto.