The dietary profile of socially vulnerable participants in health promotion programs in a brazilian metropolis
Perfil alimentar de usuários de serviços de promoção da saúde em vulnerabilidade social em uma metrópole brasileira

Rev. bras. epidemiol; 18 (2), 2015
Publication year: 2015

OBJECTIVES:

To analyze the dietary profile of participants who used two health promotion services located in socially vulnerable areas in a Brazilian metropolis.

METHODS:

A cross-sectional comparative study was conducted with participants (n = 370) aged ≥ 20 years who joined two services of the Academias da Cidade program in Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil. The study participants engaged in physical activity and nutritional education actions directed by the services from 2009 to 2010. The sociodemographic and economic conditions and health and nutrition profiles of each individual were assessed.

RESULTS:

Participants from a high social-risk who used the service did not demonstrate adequate intake of vegetables (54.6 versus 43.6%; p = 0.038), sweets (33.5 versus 23.2%; p = 0.030), soft drinks (28.5 versus 11.9%; p < 0.001), artificial juice (34.7 versus 22.6%; p = 0.011), and processed meat (48.8 versus 32.7; p = 0.002). However, in the other service, lower social vulnerability, a higher prevalence of abdominal adiposity (60.7 versus 43.0%; p = 0.004) and consumption of high-fat meat products (53.0 versus 36.5%; p = 0.002) was observed.

CONCLUSION:

Participants who used both services demonstrated inadequate food intake compatible with the development of chronic disease profiles. However, the participants in each service were distinct from each other. This suggests that promotion of healthy eating should to contemplate the territory and its interface with people health.

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OBJETIVO:

Analisar o perfil alimentar de usuários de dois serviços de promoção da saúde localizados em áreas de elevada vulnerabilidade social de uma metrópole brasileira.

MÉTODOS:

Estudo transversal realizado com todos os usuários (n = 370) com 20 anos ou mais de idade que ingressaram em duas Academias da Cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais para prática regular de exercícios físicos e ações de educação nutricional, no período de 2009 a 2010. Avaliou-se condições sociodemográficas, econômicas, perfil nutricional e de saúde.

RESULTADOS:

Usuários do serviço com maior vulnerabilidade social apresentaram maior frequência de consumo inadequado de hortaliças (54,6 versus 43,6%; p = 0,038), doces (33,5 versus 23,2%; p = 0,030), refrigerantes (28,5 versus 11,9%; p < 0,001), sucos artificiais (34,7 versus 22,6%; p = 0,011) e embutidos (48,8 versus 32,7%; p = 0,002). Contudo, no outro serviço, com menor vulnerabilidade social, observou-se maior prevalência de obesidade abdominal (60,7 versus 43,0%; p = 0,004) e consumo de carnes gordurosas (53,0 versus 36,5%; p = 0,002).

CONCLUSÃO:

Os usuários de ambos os serviços apresentaram perfil alimentar inadequado e compatível com o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, mas distintos entre si. Este fato sugere que ações de promoção da alimentação saudável devem contemplar o território e sua interface com a saúde das pessoas.

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