Analisamos três técnicas cirúrgicas utilizadas atualmente na correçao das malformaçoes müllerianas, apontando vantagens e desvantagens de uma e outra. Foram consideradas neste estudo 38 pacientes, do sexo feminino, que foram submetidas à cirurgia de neovaginoplastia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirao Preto entre os anos de 1983 e 1995. Foram empregadas três técnicas, quais sejam, McIndoe (de 1983 a 1987; n=lO), utilizaçao de âmnio com três trocas de membranas (âmnio 3, 1988 a 1994; n=20) e utilizaçao de âmnio com apenas uma troca (âmnio 1, 1995; n=8). Houve homogeneidade entre os grupos quanto ao perfil das pacientes, suas queixas iniciais, além do diagnóstico e principal indicaçao cirúrgica. O grupo âmnio l apresentou o menor tempo de internaçao, tempo anestésico e de sondagem vesical. A cirurgia de McIndoe teve maior taxa de queixas pós-operatórias (dores na incisao do enxerto de pele). O tempo de sondagem vesical foi maior no grupo âmnio 3. A satisfaçao sexual das pacientes no pós-operatório tardio e o índice de re-estenose foi semelhante para os três grupos. Em conclusao, a técnica de neovaginoplastia com membrana amniótica é uma opçao quanto à rapidez e praticidade. A colocaçao de apenas uma membrana amniótica, sem trocas de membranas, propicia alta precoce e bons resultados tardios.