Rev. bras. ginecol. obstet; 21 (1), 1999
Publication year: 1999
Objetivos:
avaliar aspectos clínicos e ultra-sonográficos de tumores pélvicos na pós-menopausa e correlacioná-los com o diagnóstico final. Pacientes e métodos:
foram seguidas prospectivamente 36 mulheres menopausadas com diagnóstico de tumor pélvico com avaliaçäo clínica e ultra-sonografia endovaginal. Foi definida conduta de observaçäo com tumores císticos anecóicos e/ou com septo fino único e volume inferior a 50 cmü. Foi realizada a punçäo em tumores com as mesmas características e volume entre 50 e 100 cmü e laparotomia exploradora para os demais casos. O diagnóstico final definiu dois grupos de pacientes:
patologia benigma (28) e maligna (8). Resultados:
tumores císticos anecóicos com septo fino único säo indicativos de benignidade (p=0,0091), ao passo que a presença de tumor com áreas sólidas (mistos) é indicativa de malignidade (p=0,0024). Ascite correlaciou-se com tumores malignos (p=0,0278). Heterogeidade do tumor, espessamento de cápsula, septaçäo grosseira e vegetaçäo prevalecem nos casos malignos mas sem significância (p>0,05). O volume tumoral é parâmetro indicativo de malignidade com mediana de 82,2 cmü em benignos e 425,5 cmü em malignos (p=0,0048), estabelecendo-se corte em 295 cmü (sensibilidade = 83,3 por cento e especificidade = 85,2 por cento). Com estes critérios todas pacientes com tumores malignos foram submetidas à laparotomia e 11 pacientes com tumores benignos foram tratadas de forma conservadora (39,3 por cento dos casos benignos). Conclusäo:
a conduta conservadora é adequada a mulheres com tumores pélvicos de pequeno volume, anecóitos ou com septo fino, sem ascite. A direnciaçäo de tumores complexos e/ou volumosos benignos e malignos necessita de investigaçäo complementar.