Saturaçäo de oxigênio fetal medida pela oximetria de pulso durante o trabalho de parto: relaçöes com o pH da artéria umbilical
Fetal oxygen saturation measured by pulse oximetry during labor: relation to umbilical artery pH

Rev. bras. ginecol. obstet; 21 (3), 1999
Publication year: 1999

Objetivos:

estudar os níveis de saturaçäo de oxigênio fetal (SpO2) durante o trabalho de parto pela técnica da oximetria de pulso e sua relaçäo com o Ph da artéria umbilical (AU).

Pacientes e métodos:

a SpO2 fetal foi medida durante o parto por meio da técnica da oximetria de pulso em 50 casos. Comparou-se a média dos valores de SpO2 entre os dois períodos do trabalho de parto, sendo o primeiro subdividido em fases, segundo a dilataçäo cervical (menor ou igual a 4 cm, 5-7 cm e 8-9 cm). Os valores de SpO2 foram estudados em funçäo do pH da AU ao nascimento (maior ou igual a 7,20 e <7,20). Considerou-se como normal uma SpO2 maior ou igual a 30 por cento.

Resultados:

as médias da SpO2 fetal no primeiro período do parto foram de 53,0 ñ 7,3 por cento e 44,2 ñ 6,8 por cento e no segundo 46,8 ñ 7,7 por cento e 38,4 ñ 7,1 por cento (pH da AU maior ou igual a 7,20 e <7,20, respectivamente; p<0,01). Quando o primeiro período foi subdividido, as médias de SpO2 (pH de AU maior ou igual a 7,20) foram de 55,1 ñ5,1 por cento (menor ou igual a 4 cm), 52,3 ñ 4,6 por cento (5-7 cm) e 51,5 ñ7,2 por cento (8-9 cm): para um Ph de AU <7,20 as médias de SpO2 de 46,3 ñ 5,1 por cento ( menor ou igual a 4 cm), 43,6 ñ 6,7 por cento (5-7 cm) e 42,8 ñ 5,8 por cento (8-9 cm). Considerando o pH da AU estas diferenças foram significantes (p<0,01).

Conclusöes:

houve um decréscimo significante dos valores de SpO2 fetal durante o trabalho de parto quando utlizada a técnica da oximetria de pulso.

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