Análise dos testes de vitalidade fetal e dos resultados perinatais em gestações de alto risco com oligoidrâmnio
Analysis of fetal well-being and perinatal outcome in the high-risk pregnancies complicated by oligohydramnios

Rev. bras. ginecol. obstet; 24 (6), 2002
Publication year: 2002

Objetivos:

analisar, em gestações de alto risco com diagnóstico de oligoidrâmnio, os resultados dos testes de avaliação da vitalidade fetal e os resultados perinatais.

Métodos:

foram selecionadas retrospectivamente 572 gestações de alto risco com diagnóstico de oligoidrâmnio, caracterizado por ILA inferior ou igual a 5,0 cm. Destas, 220 apresentavam diagnóstico de oligoidrâmnio grave (ILA <=3,0 cm).

Os testes de avaliação da vitalidade fetal incluíram:

cardiotocografia anteparto de repouso, perfil biofísico fetal (PBF) e dopplervelocimetria das artérias umbilical e cerebral média. Não foram incluídas as gestações múltiplas, com anomalias fetais e rotura prematura de membranas.

Resultados:

o grupo de gestantes com diagnóstico de oligoidrâmnio grave (ILA <=3 cm) apresentou cardiotocografia anteparto suspeita ou alterada em 23,2 por cento dos casos, PBF alterado em 10,5 por cento, dopplervelocimetria da artéria cerebral média com sinais de centralização (54,5 por cento), recém-nascidos pequenos para a idade gestacional (32,7 por cento) e líquido amniótico meconial (27,9 por cento). Estes valores foram significativamente mais elevados do que os do grupo com ILA entre 3,1 e 5,0 cm. Este grupo apresentou cardiotocografia anteparto suspeita ou alterada em 14,9 por cento dos casos, PBF alterado em 4,3 por cento, dopplervelocimetria da artéria cerebral média com sinais de centralização em 33,9 por cento, recém-nascidos pequenos para a idade gestacional em 21,0 por cento e líquido amniótico meconial em 16,8 por cento dos casos.

Conclusões:

a caracterização da gravidade do oligoidrâmnio permite discriminar, nas gestações de alto risco, os casos que se associam a pior resultado perinatal

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