Rev. bras. ginecol. obstet; 25 (1), 2003
Publication year: 2003
Objetivo:
estudar os efeitos maternos (composiçäo corporal e capacidade cardiovascular) e perinatais (peso e prematuridade) da prática da hidroterapia na gestaçäo. Métodos:
estudo prospectivo, coorte, aleatorizado, com 41 gestantes de baixo risco e gestaçäo única, praticantes (grupo estudo, n=22) e näo-praticantes (grupo controle, n=19) de hidroterapia. Avaliações antropométricas definiram-se os índices de peso corporal, massa magra e gordura absoluta e relativa. Por teste ergométrico, definiu-se os índices de consumo máximo de oxigênio (VO2máx), volume sistólico (VS) e débito cardíaco (DC). Como resultado perinatal observaram-se ocorrência de prematuridade e recém-nascidos pequenos para a idade gestacional. Compararam-se os índices iniciais e finais entre e dentro de cada grupo. As variáveis maternas foram avaliadas pelo teste t para amostras dependentes e independentes e empregou-se o X² para estudo das proporções. Resultados:
a comparaçäo entre os grupos näo evidenciou diferença significativa nas variáveis maternas no início e no final da hidroterapia. A comparaçäo dentro de cada grupo confirmou efeito benéfico da hidroterapia:
no grupo estudo os índices de gordura relativa foram mantidos (29,0 por cento) e no grupo controle aumentaram de 28,8 para 30,7 por cento; o grupo estudo manteve os índices de VO2máx (35,0 por cento) e aumentou VS (106,6 para 121,5) e DC de (13,5 para 15,1); no grupo controle observaram-se queda nos índices de VO2máx e manutençäo de VS e de DC. A hidroterapia näo interferiu nos resultados perinatais, relacionados à prematuridade e baixo peso ao nascimento. Conclusões:
a hidroterapia favoreceu adequada adaptaçäo metabólica e cardiovascular materna à gestaçäo e näo determinou prematuridade e baixo peso nos recém-nascidos