Repercussões perinatais do oligoidrâmnio sem ruptura prematura das membranas detectado até a 26ª semana de gravidez
Perinatal outcomes of oligohydramnios without premature rupture of membranes detected until the 26th week of pregnancy

Rev. bras. ginecol. obstet; 25 (6), 2003
Publication year: 2003

OBJETIVO:

avaliar as repercussões perinatais da oligoidramnia näo decorrente da ruptura prematura das membranas (RPM), diagnosticada até a 26ª semana de gravidez.

MÉTODOS:

análise retrospectiva dos casos de oligoidramnia ocorridos entre janeiro de 1994 e dezembro de 2000, diagnosticados até a 26ª semana de gravidez, empregando como critério índice de líquido amniótico igual ou inferior a 5 cm. Após o diagnóstico, as grávidas foram acompanhadas com exames ecográficos seriados, atentando-se para a manutençäo do quadro. Havendo regressäo da oligoidramnia, as pacientes permaneceram na pesquisa. As pacientes com RPM, as com óbito fetal ao primeiro exame e as que tiveram parto em outra instituição foram excluídas. Em relação às grávidas interessou-nos, especialmente, a presença de doenças e complicaçöes obstétricas associadas. Quanto ao recém-nascido, avaliaram-se, dentre outros, o peso ao nascimento, tempo de internaçäo/óbito, ocorrência de óbito ou malformaçäo.

RESULTADOS:

foram incluídos vinte e sete casos de oligoidramnia. Treze fetos apresentaram malformaçöes, sendo oito do trato urinário, quatro do sistema nervoso central e um higroma cístico. Quatorze gestantes apresentaram complicaçöes clínicas ou obstétricas, principalmente hipertensäo (10 casos). Além destes, encontramos três casos de placenta prévia e um de tiroidopatia. Houve 13 óbitos fetais e 14 neonatais.

CONCLUSÄO:

a oligoidramnia näo decorrente da RPM, ocorrendo no segundo trimestre da gestaçäo, independente da etiologia ou presença de anomalias congênitas, apresenta prognóstico sombrio e associou-se a resultado perinatal fatal em todos os casos

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