Evolução dos índices dopplervelocimétricos da artéria cerebral média em fetos de gestantes normais
Evolution of doppler indices and velocities of the middle cerebral artery in fetuses of normal pregnant women

Rev. bras. ginecol. obstet; 25 (6), 2003
Publication year: 2003

OBJETIVO:

observar a evoluçäo dos índices de resistência, pulsatilidade, velocidade máxima, velocidade diastólica final e tempo de aceleraçäo da artéria cerebral média fetal entre a 22ª e a 38ª semana de gestaçäo.

MÉTODOS:

foi feito estudo observacional prospectivo e longitudinal no qual 33 fetos de gestantes normais foram avaliados entre a 22ª e a 38ª semana de gestaçäo. A idade gestacional foi determinada pela data da última menstruaçäo e/ou pelo exame ultra-sonográfico do primeiro trimestre. Os exames ultra-sonográficos com Doppler foram feitos por um único observador, que utilizou aparelho modelo Image Point 1800 (Hewlett Packard), com transdutor multifreqüencial. Para a aquisiçäo do traçado Doppler da artéria cerebral média, o indicador de amostra foi calibrado para um volume de amostra de 1 mm³ e colocado na artéria cerebral média anterior o mais próximo da calota craniana. O ângulo de insonaçäo foi mantido entre 5º e 19º e o filtro foi ajustado na freqüência de 50-100 Hz. Os recém-nascidos foram avaliados no intuito de comprovar que os fetos eram vigorosos e adequados para a idade gestacional.

RESULTADOS:

os resultados obtidos para o índice de resistência e pulsatilidade revelaram que a evoluçäo dos valores no período entre a 22ª e a 38ª semana é descrita por uma equaçäo do 2ºgrau, representando uma parábola. Os valores medianos para o índice de resistência foram de 0,81 na 22ª semana e 0,75 na 38ª semana. O índice de pulsatilidade foi de 1,59 na 22ª semana e 1,45 na 38ª semana. A velocidade sistólica máxima aumentou progressivamente ao longo da gestaçäo, com valores de 26,3 cm/s na 22ª semana e 57,7 cm/s na 38ª semana. A velocidade diastólica final teve aumento progressivo a partir de 26 semanas (5,21 cm/s) até o termo (14,6 cm/s). O tempo de aceleraçäo mostrou aumento significativo apenas entre 26 e 30 semanas, cujos valores foram de 0,04 s na 26ª semana e 0,05 s na 30ª semana.

CONCLUSÄO:

concluiu-se que os índices de resistência, pulsatilidade e velocidade sistólica máxima apresentaram valores variáveis de acordo com a idade gestacional e säo semelhantes ao observado na maioria dos estudos anteriores. O tempo de aceleraçäo apresentou pequenas modificaçöes nas semanas gestacionais avaliadas

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