Análise de sobrevivência relacionada ao sexo, após esplenectomia, em modelo animal
Post-splenectomy survival analysis related to gender in animal model
Rev. bras. hematol. hemoter; 29 (2), 2007
Publication year: 2007
É sabido que a esplenectomia causa propensão a infecções, principalmente aquelas causadas por microorganismos capsulados. Essas complicações acompanham-se de maior mortalidade e conseqüente menor sobrevida dos indivíduos asplênicos. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a sobrevida em relação ao sexo de ratos submetidos a esplenectomia total. Foram estudados 34 ratos, distribuídos em dois grupos, sendo o Grupo 1 (n=14) controle, animais submetidos apenas a laparotomia e o Grupo 2 (n=20) submetidos a esplenectomia total. Os animais de cada grupo foram distribuídos em dois subgrupos iguais, sendo o Subgrupo A composto por machos e o Subgrupo B por fêmeas. Os ratos foram acompanhados por um período máximo de noventa dias com vista à sua sobrevivência. Observou-se que a mortalidade após esplenectomia total foi de 80 por cento no Subgrupo dos animais machos e de 30 por cento no das fêmeas. Não houve óbitos no Grupo 1. Os ratos esplenectomizados apresentaram sobrevida inferior à das ratas esplenectomizadas (p = 0,034). De acordo com os resultados obtidos, a esplenectomia diminui a sobrevida de ratos, e as fêmeas murinas apresentam maior resistência à asplenia e conseqüentemente menor mortalidade do que os machos.
It is well known that splenectomy increases the risk of infections, mainly those caused by capsulated bacteria. These complications are associated with greater mortality and lower survival rates in asplenic individuals. The objective of the present work was to assess the survival of rats submitted to total splenectomy. Thirty-four rats were divided into 2 groups: Group 1 (n = 14): control animals, submitted only to laparotomy; Group 2 (n = 20): animals submitted to splenectomy. Both groups were subdivided into 2 subgroups, namely, subgroup A, male rats, and subgroup B, female rats. The animals were followed during a 90-day period to assess their survival. The mortality of animals in Group 2 was 80 percent for males and 30 percent for females. No death occurred in animals of Group 1. Splenectomized males had significantly lower survival than splenectomized females (p=0.034). According to the results of the present work, total splenectomy diminishes the survival in rats and the female rodents present greater resistance to the asplenic state, and, therefore fewer deaths occur compared to male rats.