Characteristics and prevalence of pterygium in small communities along the Solimões and Japurá rivers of the Brazilian Amazon Rainforest
Características e prevalência do pterígio em comunidades ribeirinhas dos Rios Solimões e Japurá localizados na Amazônia Brasileira

Rev. bras. oftalmol; 70 (6), 2011
Publication year: 2011

PURPOSE:

To evaluate the prevalence and characteristics of pterygium in small communities along the Solimões and Japurá rivers, State of Amazonas, Brazil.

Design:

cross-sectional study.

METHODS:

This study was carried out on populations of the Brazilian Amazon rainforest. Data were collected by two separate ophthalmologists in three expeditions, covering 55 local communities. A total number of 1295 patients were examined, of which 659 were over 18 years old. The patients diagnosed with pterygium answered a questionnaire addressing gender, age and outdoor activity. Pterygium lesion sizes were graded as grade 1 (lesion covers until limbus), grade 2 (lesion covers cornea by 2 mm), grade 3 (lesion surrounds the pupil) and grade 4 (lesion crosses the pupil).

RESULTS:

Pterygium prevalence was 21.2 percent for the overall population and 41.1 percent in those over 18 years old. Patients between 40-50 years old were most affected by pterygium. Pterygium data distribution by gender showed that 57.8 percent were men. The majority of the patients diagnosed with pterygium was active outdoors (89.5 percent). Subjects affected in both eyes were 75.6 percent. Of the total population positive to pterygium the majority was grade 1 (44 percent) and 2 (48.7 percent). Most of the patients (85 percent) developed nasal pterygium.

CONCLUSION:

This study shows one of the highest prevalences of pterygium in the world, covering a Brazilian region never studied before.

OBJETIVO:

Avaliar a prevalência e as características do pterígio em comunidades ribeirinhas dos rios Solimões e Japurá, estado do Amazonas, Brasil.

MÉTODOS:

Foi realizado um estudo observacional, em comunidades ribeirinhas dos rios Solimões e Japurá. Os dados foram coletados por dois avaliadores em três expedições médico oftalmológicas, num período de 9 meses, que abrangeram 55 comunidades ribeirinhas, totalizando 1295 pacientes examinados, sendo 659 maiores de 18 anos. Os portadores de pterígio foram analisados através de um questionário abrangendo sexo, idade e atividade laborativa ao sol ou não. O tamanho da lesão foi quantificado em graus.

RESULTADOS:

A prevalência do pterígio na população geral foi de 21.2 por cento. A prevalência entre os maiores de 18 anos foi de 41.1 por cento. A faixa etária mais acometida foi a de 41 a 50 anos. Dos portadores, 42.2 por cento eram do sexo feminino e 57.8 por cento do sexo masculino. 89.5 por cento dos pacientes acometidos pela lesão trabalhavam ao ar livre. Dos portadores, 75.6 por cento apresentavam acometimento de ambos os olhos. Dos pacientes acometidos, 48.7 por cento possuíam pterígio grau 2, 44.0 por cento apresentavam a lesão de grau 1, 5.4 por cento de grau 3 e 1.8 por cento de grau 4. Dos olhos acometidos, 85.0 por cento apresentavam somente pterígio nasal, 2.9 por cento apresentavam somente pterígio temporal e 14.5 por cento apresentavam pterígio temporal e nasal.

CONCLUSÃO:

Nosso estudo, nos rios Solimões e Japurá, revelou a existência de uma das maiores taxas de pterígio do mundo, em uma região que nunca havia sido avaliada.

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