Rev. bras. oftalmol; 73 (6), 2014
Publication year: 2014
Objective:
Some studies have hypothesized that an unfavourable higher order aberrometric profile could act as an amblyogenic mechanism and may be responsible for some amblyopic cases that are refractory to conventional treatment or cases of “idiopathic” amblyopia. This study compared the aberrometric profile in amblyopic children to that of children with normal visual development and compared the aberrometric profile in corrected amblyopic eyes and refractory amblyopic eyes with that of healthy eyes. Methods:
Cross-sectional study with three groups of children – the CA group (22 eyes of 11 children with unilateral corrected amblyopia), the RA group (24 eyes of 13 children with unilateral refractory amblyopia) and the C group (28 eyes of 14 children with normal visual development). Higher order aberrations were evaluated using an OPD-Scan III (NIDEK). Comparisons of the aberrometric profile were made between these groups as well as between the amblyopic and healthy eyes within the CA and RA groups. Results:
Higher order aberrations with greater impact in visual quality were not significantly higher in the CA and RA groups when compared with the C group. Moreover, there were no statistically significant differences in the higher order aberrometric profile between the amblyopic and healthy eyes within the CA and RA groups. Conclusions:
Contrary to lower order aberrations (e.g., myopia, hyperopia, primary astigmatism), higher order aberrations do not seem to be involved in the etiopathogenesis of amblyopia. Therefore, these are likely not the cause of most cases of refractory amblyopia. .
Objetivo:
Alguns estudos levantaram a hipótese de que um perfil aberrométrico de alta ordem desfavorável poderia ser um fator ambliogênico, responsável por certos casos de ambliopia “idiopática” ou refratária ao tratamento convencional. Este trabalho tem como objetivos:
1) comparar o perfil aberrométrico de crianças amblíopes com o de crianças com desenvolvimento visual normal; 2) comparar a aberrometria de olhos amblíopes tratados com sucesso/curados e olhos amblíopes refratários ao tratamento convencional com a aberrometria de olhos saudáveis. Métodos:
Estudo transversal com três grupos de crianças: grupo CA (22 olhos de 11 crianças com ambliopia unilateral curada), grupo RA (24 olhos de 13 crianças com ambliopia unilateral refratária) e grupo C (28 olhos de 14 crianças com desenvolvimento visual normal). Avaliou-se a aberrometria ocular total utilizando o OPD Scan-III (NIDEK). Comparou-se o perfil aberrométrico dos três grupos de estudo bem como dentro dos grupos CA e RA, o olho amblíope com o saudável. Resultados:
As aberrações de alta ordem com maior impacto na qualidade visual não foram significativamente superiores nos grupos CA e RA, comparativamente ao grupo C. Por outro lado, não se encontraram diferenças estatisticamente significativas entre o perfil aberrométrico de alta ordem dos olhos amblíopes e dos olhos sãos dentro dos grupos CA e RA. Conclusão:
Contrariamente às aberrações de baixa ordem (miopia, hipermetropia, astigmatismo primário), as de alta ordem não parecem relacionar-se com a etiopatogênese da ambliopia. É também pouco provável que estas sejam a causa da maioria dos casos de ambliopia refratária. .