Corneal collagen cross-linking for progressive keratoconus in patients aged 9 to 14
Cross-linking corneano para ceratocone progressivo em pacientes de 9 a 14 anos de idade

Rev. bras. oftalmol; 75 (2), 2016
Publication year: 2016

RESUMO Objetivo:

Determinar a segurança e eficácia do cross-linking corneano (CXL) em pacientes de 9 a 14 anos de idade com ceratocone progressivo.

Métodos:

Dezesseis olhos de onze pacientes (8 homens e 3 mulheres) com ceratocone progressivo foram submetidos ao CXL, de acordo com o protocolo padrão de Dresden. A média do tempo de seguimento foi de 26 meses (variando de 12 a 60 meses). Os exames pré e pós-operatórios incluíram: acuidade visual sem correção (AVSC), melhor acuidade visual com correção (AVCC), topografia corneana, tonometria, refração, paquimetria corneana, e contagem de células endoteliais.

Resultados:

Na última visita de acompanhamento ambulatorial, a AVCC melhorou pelo menos uma linha na tabela de Snellen em 6 olhos (37,5%) e permaneceu estável em 9 olhos (56,25%). Dois olhos (12,5%) de pacientes que coçam os olhos com frequência, exigiram retratamento devido à progressão do ceratocone, 15 e 28 meses após o primeiro CXL. A refração e contagem de células endoteliais mantiveram-se estáveis. Os resultados topográficos mostraram melhora estatisticamente significativa nos valores do K máximo até dois anos após o CXL. No entanto, houve perda de significância ao longo do tempo. Nenhuma complicação peroperatória foi observada. Dois olhos (12,5%) apresentaram haze grau I, que regrediu após um mês de terapia com esteróide tópico.

Conclusão:

Neste estudo com pacientes selecionados, de 9 a 14 anos de idade, o CXL mostrou ser uma opção segura e eficaz para o tratamento do ceratocone progressivo. No entanto, o efeito pode não ser duradouro, podendo ser necessário um novo tratamento. Maior amostragem e maior seguimento são necessários para verificar esta tendência.

ABSTRACT Purpose:

To determine the safety and efficacy of corneal collagen cross-linking (CXL) for progressive keratoconus in patients aged between 9 and 14 years old.

Methods:

Sixteen eyes of 11 patients (8 male and 3 female) with progressive keratoconus underwent epithelium-off CXL according to the standard Dresden protocol. Mean follow-up was 26 months (range, 12 to 60 months). Pre- and postoperative examinations included: uncorrected visual acuity (UCVA), best spectacle-corrected visual acuity (BSCVA), corneal topography, tonometry, refraction, corneal pachymetry, and endothelium cell count.

Results:

At the last follow-up visit, BSCVA improved by at least one Snellen line in six eyes (37.5%) and remained stable in nine eyes (56.25%). Two eyes (12.5%) in habitual eye rubbers required a re-treatment due to keratoconus progression, at 15 and 28 months after first CXL. Manifest refraction and endothelium cell count remained stable. Topographic results showed statistically significant improvement in maximum K readings up to two years after CXL. However, this lost significance over time. No intraoperative complications were observed. Two eyes (12.5%) presented grade one haze, which regressed after a month of topical steroid therapy.

Conclusion:

In this study of selected patients aged 9 to 14, CXL was a safe and effective option for the treatment of progressive keratoconus. However, the effect in stemming the disease may not be long lasting and may require retreatment. A larger sample size and longer follow-up time are needed to verify this trend.

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