Clinical features of diabetic patients with dry eye disease in a community in Maceio: a cross-sectional study
Características clínicas de pacientes diabéticos com olho seco em uma comunidade de Maceió: estudo transversal

Rev. bras. oftalmol; 75 (2), 2016
Publication year: 2016

ABSTRACT Objective:

This study was carried out in order to assess the epidemiological profile of symptomatic dry eye in diabetic patients.

Methods:

Two hundred and twenty-one diabetic patients were evaluated using a specific questionnaire about other diseases and drugs. Of these, 58 who classified as having moderate to severe dry eye were included.

Results:

In this study, 58 of the 221 diabetic patients had moderate to severe dry eye (26.2%). Of the 58 patients, dry eye was more prevalent at age 61.46 ± 14.18 years for men, and 61.09 ± 10.64 for women (p<0.005). Dry eye was more common in women (75.9%) (p=0.456). Of the 58 patients, 15 (25.9%) had at least one ocular disease.The most common was diabetic retinopathy (13 of 15 patients, 86.7%, 95% CI 69.46-103.87). A total of 19 patients used eye drops (32.8%); and most (14 of the 19 individuals, 73.7%) used lubricants (95%CI 53.88-93.48). Hypertension was the most prevalent associated comorbidity (56.9%) and the most commonly used medications were hypoglycemic agents (98 %, 95%CI 94.00 - 101.92) and angiotensin converting enzyme inhibitors (53.1%, 95%CI 53.06 39.09 - 67.04).

Conclusion:

Further epidemiologic studies need to be done to establish a real etiologic relationship between diabetes and dry eye, and its correlation to other risk factors. In spite of these limitations, we have strong evidence of this relationship, and in clinical practice, examination for dry eye should be part of the assessment of diabetic disease.

RESUMO Objetivo:

O estudo foi realizado para descrever o perfil epidemiológico de pacientes diabéticos com olho seco sintomático.

Métodos:

Duzentos e vinte e um pacientes diabéticos foram avaliados por meio de questionário específico sobre outras doenças e medicamentos. Destes, 58 foram diagnosticados com olho seco moderado a severo e foram incluídos no estudo.

Resultados:

Neste estudo, 58 dos 221 pacientes diabéticos tinham olho seco moderado a severo (26,2%). Dos 58 pacientes, o olho seco, foi mais prevalente na faixa etária de 61,46 ± 14,18 anos para os homens e 61,09 ± 10,64 para as mulheres (p <0,005). O olho seco foi mais comum em mulheres (75,86%) (p = 0,456). Dos 58 pacientes, 15 (25,9%) tinham pelo menos uma doença ocular. A mais comum foi a retinopatia diabética (13 de 15 pacientes, 86,7%, IC de 95% 69,46-103,87). Um total de 19 pacientes utilizavam colírios (3,8%); lubrificantes foram os mais usados (14 dos 19 indivíduos, 73, 7%, (IC de 95%, 53,88-93,48). A hipertensão foi a doença mais prevalente associada (56.9%) e os medicamentos mais utilizados foram hipoglicemiantes orais (98%, IC 95% 94,00 - 10,92) e inibidores da enzima conversoras da angiotensina (53,1%, IC 95%, 53,06 39,09 - 67,04).

Conclusão:

Novos estudos epidemiológicos devem ser feitos para avaliar a real relação etiológica entre olho seco e diabetes e sua correlação com outros fatores de risco. Apesar das limitações, temos fortes evidências da relação entre olho seco e diabetes. Na prática clínica, o exame de olho seco deve ser parte da avaliação dos diabéticos.

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