Parasite abundance and its determinants in fishes from Brazil: an eco-epidemiological approach
Abundância parasitária e seus determinantes em peixes do Brasil: uma abordagem ecoepidemiológica

Rev. bras. parasitol. vet; 25 (2), 2016
Publication year: 2016

Abstract The variability in parasite abundance has an ecological basis; however, from an epidemiological point of view, the contribution of factors inherent to the host to the variability in parasite abundance remains an open question. A database consisting of 3,746 specimens of 73 fish species was used to verify the relation between the distribution of parasite abundance in fishes and a set of biotic factors inherent to the hosts. Classical and mixed Poisson regression models were constructed. Prevalence ratios (PR) and their respective 95% confidence intervals were estimated. The parasite abundance was significantly higher in female hosts, nonschooling species, species from benthopelagic and pelagic habitats, and fishes with greater body length. Overall, these results suggest that the variability in the abundance of infection is an attribute of the parasite species. Although the results are biologically plausible, important gaps may still exist and should be explored to better understand the variations in parasite abundance, which has great relevance in epidemiological studies. We reinforce the importance of choosing the statistical model most appropriate for the nature of the data to avoid spurious results, especially when the autocorrelation in the data is not taken into account.
Resumo A variabilidade na abundância parasitária tem embasamento na perspectiva ecológica, entretanto, do ponto de vista epidemiológico, permanece em aberto a possibilidade da contribuição de fatores inerentes aos hospedeiros para essa variabilidade. Foram analisados 3.746 espécimes, pertencentes a 73 espécies de peixes, para verificar a relação entre a distribuição da abundância parasitária em peixes e um conjunto de fatores bióticos inerentes aos hospedeiros. Modelos de Regressão de Poisson clássico e misto foram ajustados. As razões de prevalência (RP) e seus respectivos intervalos, com 95% de confiança, foram estimados. A abundância parasitária foi significativamente maior em hospedeiros fêmeas, não formadoras de cardumes, de hábitats bentopelágico e pelágico e com maior comprimento do corporal. De um modo geral, esses resultados sugerem que a abundância de infecção é um atributo da espécie de parasitos que pode ser variável. Apesar dos resultados apresentarem plausibilidade biológica, ainda pode haver lacunas importantes a serem exploradas para o melhor entendimento das variações da abundância parasitária que, por sua vez, tem grande relevância nos estudos epidemiológicos. Reforça-se a importância da escolha de um modelo estatístico mais adequado à natureza dos dados, evitando-se resultados espúrios, principalmente quando não se leva em conta a autocorrelação entre os dados.

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