Prevalência da inadequação no consumo de nutrientes entre gestantes atendidas em unidades básicas de saúde
Prevalence of inadequacy in nutrient consumption among pregnant women attended in basic health units
Prevalencia de la inadecuación del consumo de nutrientes por embarazadas asistidas en unidades básicas de salud

Rev. bras. promoç. saúde (Impr.); 27 (3), 2014
Publication year: 2014

Objetivo:

Avaliar a prevalência da inadequação no consumo de nutrientes entre gestantes atendidas em Unidades Básicas de Saúde de Picos-PI, Brasil.

Métodos:

Estudo transversal envolvendo 72 gestantes. Coletaram-se dados sociodemográficos e de estilo de vida, além de informações sobre ingestão dietética, a partir de 3 recordatórios alimentares de 24 horas. Calcularam-se prevalências de inadequação para carboidrato, cálcio, ferro, vitaminas A, C, E e ácido fólico, baseando-se em suas respectivas médias estimadas (EAR); avaliouse a adequação da ingestão energética habitual em relação ao gasto energético usual indiretamente pelo índice de massa corporal (IMC).

Resultados:

Verificou-se que 86,1% (n=62) das gestantes apresentavam renda per capita inferior a 1 salário mínimo, 4,2% (n=3) fumavam e 11,1% (n=8) faziam uso de bebida alcoólica durante a gestação. No que se refere ao consumo, os carboidratos e a vitamina C tiveram prevalência de inadequação menor que 2%, enquanto a vitamina A ficou entre 30% e 50%. Cálcio, ferro, ácido fólico e vitamina E tiveram prevalência de inadequação maior que 98%. Ao considerar que 38,9% (n=28) das gestantes estavam com excesso de peso e 4,2% (n=3), com baixo peso, presume-se elevada prevalência de consumo inadequado de energia.

Conclusão:

Houve elevada prevalência de inadequação no consumo dos micronutrientes cálcio, ferro, ácido fólico e vitamina E nas gestantes, além de inadequação de consumo energético ? situação preocupante, visto que pode desencadear consequências adversas para o binômio mãe-filho.

Objective:

To assess the dietary intake of pregnant women attended in Basic Health Units of Picos-Piauí.

Methods:

Cross-sectional study involving 72 pregnant women. Sociodemographic and lifestyle data was collected, plus information on dietary intake from three 24-hour food recalls. The prevalence of inadequacy for carbohydrate, calcium, iron, A, C, E vitamins, and folate were calculated based on their respective estimated average requirements (EAR), while the adequacy of habitual energy intake relative to usual energy expenditure was estimated indirectly by body mass index (BMI).

Results:

It was found that 86.1% of the pregnant women had a per capita income lower than one minimum wage, 4.2% were smokers and 11.1% used alcohol during pregnancy. As regards consumption, carbohydrates and vitamin C had inadequacy prevalence lower than 2%, while vitamin A ranged from 30 to 50%. Calcium, iron, folate, and vitamin E had inadequacy prevalence higher than 98%. Considering that 38.9% of the pregnant women were overweight and 4.2%, underweight, it is assumed that the prevalence of energy intake inadequacy is high.

Conclusion:

There was a high inadequacy prevalence in the micronutrients calcium, iron, folate, and vitamin E intake in pregnant women, as well as high inadequacy of energy consumption ? a disturbing situation, since it can trigger adverse consequences for the mother-baby binomial.

Objetivo:

Evaluar la prevalencia de la inadecuación del consumo de nutrientes por embarazadas asistidas en Unidades Básicas de Salud de Picos-PI, Brasil.

Métodos:

Estudio transversal com 72 embarazadas. Se recogieron datos sociodemográficos, Del estilo de vida e informaciones sobre ingesta dietética a partir de 3 recordatorios de 24 horas. Se calculó las prevalencias de inadecuación para carbohidrato, calcio, hierro, vitaminas A, C, E y ácido fólico basándose en sus respectivas medias estimadas (EAR); se evaluó la adecuación de ingesta energética habitual respecto al gasto energético usual de modo indirecto a través Del índice de masa corporal (IMC).

Resultados:

Se verificó que El 86,1% (n=62) de las embarazadas presentaban renta per capita menor que 1 sueldo mínimo, el 4,2% (n=3) fumaban y el 11,1% (n=8) tomaban bebida alcohólica en el embarazo. Respecto al consumo, los carbohidratos y la vitamina C tuvieron prevalência de inadecuación menor que el 2% mientras que la vitamina A se quedó entre el 30% y el 50%. Calcio, hierro, ácido fólico y vitamina E tuvieron prevalencia de inadecuación mayor que el 98%. Considerando que el 38,9% (n=28) de las embarazadas tenían exceso de peso y el 4,2% (n=3) bajo peso, presúmase de elevada prevalencia del consumo inadecuado de energía.

Conclusión:

Hubo elevada prevalencia de inadecuación del consumo de los micronutrientes calcio, hierro, ácido fólico y vitamina E en las embarazadas además de la inadecuación del consumo energético ? situación preocupante ya que puede desencadenar consecuencias adversas para el binomio madre-hijo.

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