Objetivo:

Estudar a incidência de infecçao em pacientes com LES e nefropatia grave, ativa, em tratamento com pulsoterapia de metilprednisolona (metil) ou ciclofosfamida (ciclo).

Métodos:

Foram catalogados de forma prospectiva o número de infecçoes, o tempo de uso da pulsoterapia, os sítios de infecçao e, quando possível, a identificaçao do agente infeccioso causador de cada episódio infeccioso. Foram incluídos no estudo 18 pacientes com nefropatia lúpica participantes de estudo aberto, randomizado e prospectivo de tratamento com pulsoterapia com metil - grupo I (dez pacientes) - ou ciclo - grupo II (oito pacientes).

Resultados:

Durante período de seguimento que variou de três a 31 meses, foram observados 39 episódios infecciosos que ocorreram em 16 dos 18 pacientes. Vinte e cinco episódios infecciosos ocorreram em pacientes do grupo I (metil) e 14 no grupo II (ciclo). Septicemia ocorreu em dois pacientes do grupo I e um do grupo II. Os sítios de infecçao mais freqüentes foram o trato respiratório e urinário no grupo I e respiratório e cavidade oral no grupo II. Os microorganismos mais comumentemente isolados foram Escherichia coli, Staphylococcus aureus e Candida albicans. Durante o seguimento, ocorreram seis óbitos, sendo que dois dos óbitos foram devidos a septicemia.

Conclusoes:

Embora o número de infecçoes tenha sido maior no grupo de pacientes com metilprednisolona, provavelmente isso deveu-se a maior tempo de seguimento de infecçoes em pacientes com nefrite lúpica submetidos a tratamento com pulsoterapia, mostrando a necessidade de rigoroso controle de infecçoes nestes pacientes