Perfil de auto-anticorpos na esclerose sistêmica
Autoantibodies in systemic sclerosis

Rev. bras. reumatol; 35 (3), 1995
Publication year: 1995

Objetivo:

Estudar a incidência de auto-anticorpos séricos numa populaçao de pacientes com esclerose sistêmica (ES),verificando sua importância clínica e analisando sua distribuiçao quanto às formas da doença.

Métodos:

Foram avaliados 58 pacientes com ES. O fator antinuclear (FAN) e o anticorpo anticentrômero foram pesquisados por imunofluorescência indireta, utilizando com substrato células HEp-2. Os anticorpos antitopoisomerase I, anti-RNP, anti-Sm, anti-SS-A/Ro e anti-SS-B/La foram pesquisados pela técnica de micro-hemaglutinaçao. Foram comparados com as formas clínicas da ES, difusa (ESd) e limitada (ESl), além de sexo, raça, escore cutâneo total (ECT), calcinose, telangiectasias e manifestaçoes viscerais.

Resultados:

O FAN mostrou-se positivo em 82//dos pacientes, nos padroes pontilhado, nucleolar e centromérico. O anticorpo anticentrômero foi positivo em 18 por cento dos casos, todos com ESl, estando associado ao ECT< ou = 20, à calcinose e às telangiectasias. O anticorpo antitopoisomerase I foi positivo em 25 por cento dos pacientes, estando associado ao ECT > 20 e aos acometimentos articular e vascular, independente da forma clínica. Nao houve predomínio de anticorpos anticentrômero ou antitopoisomerase I em relaçao às manifestaçoes viscerais. O anticorpo anti-RNP foi positivo em dois pacientes, o anti-SS-A/Ro em cinco, enquanto que o anti-Sm e o anti-SS-B/La foram negativos em todos os casos.

Conclusoes:

Os resultados obtidos confirmam a associaçao do anticorpo anticentrômero com a ESl e a presença do anticorpo antitopoisomerase I nas duas formas clínicas de ES, associado ao envolvimento cutâneo mais extenso

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