A fibromialgia acomete preferencialmente indivíduos do sexo feminino na faixa etária dos 30 aos 50 anos; no entanto, muitos pacientes referem queixas dolorosas difusas desde a infância. Essa síndrome tem prevalência de 3 a 6,5 por cento tanto em sua forma adulta como juvenil e apresenta grande impacto sobre a qualidade de vida. Tendo em vista necessidade de considerar a fibromialgia como hipótese diagnóstica em crianças com queixas dolorosas crônicas, foram revistas as principais publicaçöes referentes ao tema. De acordo com os mais recentes estudos, observam-se semelhanças clínicas entre as manifestaçöes da fibromialgia juvenil e as da do adulto. As crianças fibromiálgicas têm maior probabilidade de apresentar mäes com diagnóstico coincidente, sendo observado naquelas maior limiar de dor e menor número de pontos dolorosos que nos adultos. Quanto às queixas de sono näo restaurador e aos achados polissonográficos, ambos so menos proeminentes nas crianças que nos adultos. Os distúrbios psicogênicos podem estar associados à fibromialgia juvenil, porém näo atuam como fatores etiopatogênicos. A abordagem terapêutica é multidisciplinar