A formulaçäo de critérios classificatórios pelo ACR (American College of Rheumatology) fez com que a fibromialgia (MF) ocupasse papel de destaque na mídia internacional. A velocidade fantástica e o grande volume de informaçöes com que o médico convive hoje em dia podem conduzir à falsa suposiçäo de que a FM represente a aglutinaçäo de todas as causas de dores difusas, em especial na faixa pediátrica, conduzindo ao superdiagnóstico dessa entidade. Esta revisäo faz uma crítica sobre o status atual da FM, analisando as falhas e os hiatos que ainda persistem nos critérios de classificaçäo vigentes e nos estudos internacionais publicados até o momento. Chama-se a atençäo para a importância prática do estudo diferençial na abordagem do paciente com uma das síndromes álgicas, particularmente na populaçäo infanto-juvenil. Para tal, a investigaçäo detalhada das características da dor através de anamnese bem condizida e exame físico minuncioso continuam sendo as grandes armas do médico na busca por um diagnóstico