Objetivo:

A proposta deste estudo foi traduzir para o português o OPAQ (Osteoporosis Assessment Questionnaire) e avaliar sua reprodutibilidade e validade.

Pacientes e métodos:

O OPAQ foi traduzido para o português. A primeira versão foi retraduzida para o inglês por um professor de língua inglesa. Essa versão foi comparada com a versão original e uma segunda versão em português foi gerada. O OPAQ foi aplicado a 30 pacientes com osteoporose lombar sem fraturas, acompanhadas no ambulatório da Disciplina de Reumatologia, Unifesp/EPM, de janeiro de 1995 a abril de 1997. As questões não aplicáveis foram modificadas e o OPAQ modificado foi aplicado novamente. A versão final em português foi então definida. A reprodutibilidade da versão em português do OPAQ foi testada em 30 pacientes ambulatoriais com osteoporose. O questionário foi aplicado três vezes às pacientes. As pacientes também foram clinicamente avaliadas usando-se HAQ (Health Assessment Questionnaire), FIQ (Fybromialgia Impact Questionnaire) e escala numérica de dor (NRS). A densidade óssea da coluna e o número de fraturas foram avaliados em todas as pacientes.

Resultados:

A média de idade foi 69 anos (54-89 anos) e a média do número de fraturas foi de 2,72 mais ou menos 1,68. Vinte e uma pacientes (70 por cento) tinham mais que uma fratura vertebral. Todos os componentes, com exceção do humor (c16), apresentaram coeficiente estatisticamente significante para reprodutibilidade. O escore mais elevado foi observado no medo de cair (6,70). A correlação entre os componentes do OPAQ e o número de fraturas, densidade óssea e escore z não foi estatisticamente significante.

Conclusões:

O OPAQ é um instrumento reprodutível e válido. Outros aspectos, que não densidade ósssea e número de fraturas, têm influência importante na qualidade de vida dos pacientes com osteoporose e fraturas