Rev. bras. reumatol; 39 (2), 1999
Publication year: 1999
Objetivo:
Avaliar a prova de função pulmonar (PFP) numa população de 27 pacientes com espondilite anquilosante (EA), comparando os resultados com duração de doença, acometimento de coluna dorsal e tabagismo. Pacientes e métodos:
Estudo prospectivo avaliando 27 pacientes espondilíticos, assintomáticos do ponto de vista pulmonar, com radiografia de tórax normal. A PFP avaliou capacidade vital forçada (CVF), capacidade pulmonar total (CPT), volume residual (VR), volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF) e a capacidade de difusão de monóxido de carbono (CO), entre outros. Os valores obtidos foram comparados com duração da doença, acometimento de coluna dorsal e tabagismo. Quanto à duração da doença, os pacientes foram subdivididos em doença precoce (< 10 anos) e doença tardia (maior ou igual a 10 anos). Resultados:
A PFP mostrou-se alterada em 81 por cento dos pacientes, predominando defeito ventilatório restritivo (quarenta e oito por cento), sem associação estatística com raça, HLA-B27, idade de início, tempo de doença e tabagismo. A CVF foi o único parâmetro espirométrico que apresentou valores médios abaixo de 80 por cento do esperado (74,18 por cento), sem correlação com o tempo de doença, acometimento dorsal e tabagismo. A diminuição da difusão de CO apresentou associação estatística com acometimento de coluan dorsal e doença tardia (tendência). Houve associação estatística entre diâmetro torácico diminuído e acomentimento de coluna dorsal, doença tardia e defeito ventilatório restritivo. Conclusão:
A elevada prevalência de defeitos ventilatórios à PFP nesta casuística pode evidenciar a presença de acometimento pulmonar subclínico na EA