O presente estudo, uma coorte retrospectiva, foi delineado para determinar a incidência (bruta, idade-específica e didade-ajustada) de fraturas do fêmur proximal em Marília-São Paulo, Brasil, em 1994 e 1995. Foi realizado em três hospitais gerais da cidade que têm serviço de ortopedia e traumatologia (Santa Casa e Hospital das Clínicas são centros terciários, e o Hospital São Francisco é um hospital secundário). Participaram do estudo todos os pacientes admitidos com diagnóstico de fratura do fêmur proximal (Classificação Internacional de Doenças, nona ed., código 820), habitantes de Marília-SP, com 20 anos de idade ou mais, no período de 1 de janeiro de 1994 a 31 de dezembro de 1995. As taxas de incidência de fraturas do fêmur proximal foram as principais medidas calculadas.

As medidas secundárias foram:

média etária de ocorrência em homens e mulheres e custos da internação ao SUS (Sistema Único de Saúde). A taxa de incidência bruta foi de 4,96/10.000 habitantes/ano em 1994 e 5,51/10.000 habitanets/ano em 1995; a taxa de incidência idade-específica aumentou de 0,25/10.000 habitantes com 20 a 49 anos de idade/ano para 100,27/10.000 habitantes com 70 anos de idade ou mais em 1995 entre as mulheres; a taxa de incidência idade-ajustada foi de 29,48/10.000 habitantes com 60 anos de idade ou mais em 1994 e de 35,83/10.000 habitantes com 60 anos de idade ou mais em 1995. A taxa de incidência bruta de fraturas do fêmur proximal em Marília foi significativamente maior entre as mulheres e nas pessoas com 70 anos de idade ou mais. Apesar de a taxa de incidência idade-ajustada de fraturas do fêmur proximal no município de Marília ter sido baixa quando comparada com a de outras regiões do mundo, gerou importantes custos ao SUS.