Condutas usuais entre os reumatologistas brasileiros: levantamento nacional
Routine clinical practices of Brazilian rheumatologists: national overview

Rev. bras. reumatol; 46 (2), 2006
Publication year: 2006

OBJETIVO:

avaliar condutas tomadas pelos reumatologistas de todo Brasil frente a situações clínicas comuns na prática do dia-a-dia.

MÉTODO:

cenários clínicos fictícios sobre várias doenças reumáticas foram montados, com perguntas objetivas acerca do tratamento. Os questionários foram enviados aos 831 sócios com títulos de especialistas pela Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), com envelope selado para envio das respostas.

RESULTADOS:

a taxa média de devolução dos questionários foi de apenas 21,4 por cento. A média de idade (DP) dos reumatologistas respondedores foi de 42,7 anos (DP=11,7), com tempo médio de formados de 19,8 anos (DP=10,1). No cenário clínico sobre artrite reumatóide (AR) de início recente em atividade, a maioria dos colegas (84,7 por cento) tratava inicialmente o paciente com prednisona ou prednisolona. As drogas modificadoras da doença mais escolhidas foram metotrexato (84,2 por cento) e cloroquina (63,8 por cento). Quatro médicos (2,8 por cento) escolheram os agentes biológicos (infliximabe e etanercepte) como droga de primeira escolha no tratamento inicial da doença. A profilaxia para osteoporose induzida pelo corticóide com suplementação de cálcio e vitamina D só foi orientada por 61,2 por cento e 46,5 por cento dos reumatologistas, respectivamente. No cenário clínico de um paciente com lúpus eritematoso sistêmico (LES), a grande maioria dos colegas optou pelo tratamento com corticóide oral (93,7 por cento), cloroquina (92,5 por cento) e fotoproteção (93,7 por cento). Na presença de nefrite lúpica caracterizada com preservação da função renal e níveis pressóricos normais, a conduta mais escolhida foi pulsoterapia de corticóide (47,7 por cento) ou prednisona oral em altas doses. Pulsoterapia de ciclofosfamida foi escolhida por 34,6 por cento dos reumatologistas. No cenário sobre lombalgia aguda mecânico-postural, sem sinais de alarme, 55,4 por cento dos colegas não solicitavam nenhum exame na abordagem inicial e as drogas mais escol

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