Infiltrações intra-articulares de triancinolona hexacetonida na artrite reumatóide: preditores de melhora a curto e longo prazo
Intra-articular injections of triamcinolone hexacetonide in rheumatoid arthritis: short and long-term improvement predictors

Rev. bras. reumatol; 55 (3), 2015
Publication year: 2015

Objetivos:

Identificar fatores preditivos de resposta à infiltração intra-articular (IIA) com triancinolona hexacetonida (TH).

Métodos:

Este estudo foi realizado em pacientes de artrite reumatóide (AR) (segundo critérios do American College of Rheumatology) submetidos à IIA (infiltração mono, pauci ou poliarticular).

Avaliação:

Um observador “cego” avaliou prospectivamente as articulações uma semana (T1), quatro semanas (T4), 12 semanas (T12) e 24 semanas (T24) após IIA. As medidas de desfecho foram Escala Visual Analógica (0-10 cm) em repouso, em movimento e para articulações edemaciadas. As variáveis clínicas e demográficas e aquelas relacionadas à infiltração no início do estudo foram analisadas de acordo com a resposta à IIA.

Resultados:

Foram estudados 289 pacientes com AR (635 articulações) com média de idade de 48,7 (± 10,68) anos; 48,5% eram caucasianos, EVA para dor global = 6,52 (± 1,73). Na análise univariada, as variáveis relativas às melhores respostas em seguida à IIA (melhora >70%) foram: “IIA no cotovelo e metacarpofalangeanas (MCF)” e “classe funcional II”. Na análise multivariada, “homens” e “não brancos” foram os preditores com melhor resposta à IIA na T4, enquanto “IIA no cotovelo e MCF”, “infiltração poliarticular”, “uso de metotrexato” e “dose total maior de TH” obtiveram a melhor resposta na T24.

Conclusão:

Foram identificados diversos fatores preditivos de boa resposta à IIA em pacientes com AR. Os preditores de melhor resposta para IIA de TH em longo prazo foram “aplicar IIA no cotovelo e MCF” e “aplicar infiltração poliarticular”. .

Objectives:

Identify good response predictors to intra-articular injection (IAI) with triamcinolone hexacetonide (TH).

Methods:

This study was carried out in rheumatoid arthritis (RA) patients (American College of Rheumatology criteria) submitted to IAI (mono, pauci or polyarticular injection).

Assessment:

a “blinded” observer prospectively evaluated joints at one week (T1), four weeks (T4), twelve weeks (T12) and 24 weeks (T24) after IAI. Outcome measurements included Visual Analogue Scale (0-10 cm) at rest, in movement and for swollen joints. Clinical, demographic and variables related to injection at baseline were analyzed according to IAI response.

Results:

We studied 289 patients with RA (635 joints) with a mean age of 48.7 years (±10.68), 48.5% of them Caucasians, VAS for global pain = 6.52 (±1.73). Under univariate analysis, the variables relating the best responses following IAI (improvement > 70%) were: “elbow and metacarpophalangeal (MCP) IAI, and functional class II”. Under multivariate analysis, “males” and “non-whites” were the predictors with the best response to IAI at T4, while “elbow and MCP IAI”, “polyarticular injection”, “use of methotrexate” and “higher total dose of TH” obtained the best response at T24.

Conclusion:

Several predictors of good response to IAI in patients with RA were identified. The best-response predictors for TH IAI of long term were “inject elbow and MCP IAI” and “perform polyarticular injection”. .

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