Rev. bras. reumatol; 56 (1), 2016
Publication year: 2016
Resumo Objetivo:
Testar a confiabilidade e a validade do escore Aofas em uma amostra de pacientes com artrite reumatoide. Métodos:
A escala foi aplicada a pacientes com artrite reumatoide, duas vezes pelo entrevistador 1 e uma vez pelo entrevistador 2. O Aofas foi submetido a exame de confiabilidade teste-reteste (com 20 indivíduos com artrite reumatoide). As propriedades psicométricas foram investigadas pela análise Rasch em 33 pacientes com artrite reumatoide. Resultados:
O coeficiente de correlação intraclasse (CCI) foi de 0,90 < CCI < 0,95 (p < 0,001) para a confiabilidade intraexaminador e 0,75 < CCI < 0,91 (p < 0,001) para a confiabilidade interexaminador. O índice de separação dos indivíduos foi de 1,9 e 4,75 para os itens. Isso demonstra que os pacientes se dividiam em três níveis de habilidade e os itens foram divididos em seis níveis de dificuldades. A análise Rasch mostrou que oito itens foram satisfatórios. Foi identificado um item errôneo, que mostrou percentuais acima dos 5% permitidos pelo modelo estatístico. Além disso, o modelo Rasch sugeriu a revisão do item 8 original. Conclusões:
Os resultados sugerem que a versão brasileira do Aofas apresenta confiabilidade adequada, validade de constructo e estabilidade de resposta. Esses resultados indicam que a escala de tornozelo-retropé Aofas apresenta um potencial significativo de aplicabilidade clínica em indivíduos com artrite reumatoide. Outros estudos em populações com outras características já estão em andamento.
Abstract Objective:
To tested the reliability and validity of Aofas in a sample of rheumatoid arthritis patients. Methods:
The scale was applicable to rheumatoid arthritis patients, twice by the interviewer 1 and once by the interviewer 2. The Aofas was subjected to test-retest reliability analysis (with 20 Rheumatoid arthritis subjects). The psychometric properties were investigated using Rasch analysis on 33 Rheumatoid arthritis patients. Results:
Intra-Class Correlation Coefficient (ICC) were (0.90 < ICC < 0.95; p < 0.001) for intra-observer reliability and (0.75 < ICC < 0.91; p < 0.001) for inter-observer reliability. Subjects separation rates were 1.9 and 4.75 for the items, showing that patients fell into three ability levels, and the items were divided into six difficulties levels. The Rasch analysis showed that eight items was satisfactory. One erroneous item have been identified, showing percentages above the 5% allowed by the statistical model. Further Rasch modeling suggested revising the original item 8. Conclusions:
The results suggest that the Brazilian versions of Aofas exhibit adequate reliability, construct validity, response stability. These findings indicate that Aofas Ankle-Hindfoot scale presents a significant potential for clinical applicability in individuals with rheumatoid arthritis. Other studies in populations with other characteristics are now underway.