Metabolic syndrome in patients with rheumatoid arthritis followed at a University Hospital in Northeastern Brazil
Síndrome metabólica em pacientes com diagnóstico de artrite reumatoide acompanhados em um Hospital Universitário do Nordeste brasileiro

Rev. bras. reumatol; 56 (2), 2016
Publication year: 2016

ABSTRACT Introduction:

Patients with rheumatoid arthritis (RA) are 30-60% more likely to develop cardiovascular disease (CV) than the general population. Metabolic syndrome (MS), defined by a number of cardiovascular risk factors, confers a greater risk of CVdisease and diabetes. The association of MS with RA is not yet fully understood and its prevalence varies from 19-63% across studies.

Objectives:

To assess the prevalence of MS in a population of RA patients followed in a hospital in Northeastern Brazil and analyze associations of demographic and clinical factors with MS.

Methods:

Outpatients with RA were evaluated in a cross-sectional study regarding demographic, clinical, laboratory and anthropometric data. The criteria for defining MS were those adopted by NCEPIII (2005) and IDF (2006).

Results:

110 patients with RA were studied; 97.3% were female, with a mean age of 55.5 years (SD = 12.9) and duration of illness of 11.2 years (SD = 7.3). The MS prevalence from NCEPIII (2005) and IDF (2005) were, respectively, 50% and 53.4%. Advanced age (57.9 ± 11.9 versus 52.9 ± 13.5; p = 0.04) and smoking load> 20 packs/year (29% versus 9%, p = 0.008) were associated with MS. The major components of the metabolic syndrome were abdominal obesity (98.1%), hypertension (80%) and low HDL cholesterol (72.2%).

Conclusions:

RA patients in a tertiary center in Northeastern Brazil showed high prevalence of MS. It is worth noting that almost all patients had MS and abdominal obesity, which has important practical implications. In addition to the components of MS, age and smoking were associated with this syndrome.

RESUMO Introdução:

Pacientes com artrite reumatoide (AR) têm 30 a 60% mais chances de desenvolver doenças cardiovasculares (DCV) do que a população geral. A síndrome metabólica (SM), definida por um conjunto de fatores de risco cardiovasculares, confere maior risco de DCV e diabete. A associação da SM com AR ainda não está totalmente esclarecida e sua prevalência varia de 19 a 63% entre os estudos.

Objetivos:

Avaliar a prevalência de SM numa população de pacientes com AR acompanhada num hospital do Nordeste brasileiro e analisar associações de fatores demográficos e clínicos com SM. Pacientes ambulatoriais com AR foram transversalmente avaliados com relação a dados demográficos, clínicos, laboratoriais e antropométricos. Os critérios para definir SM foram os adotados pelo NCEPIII (2005) e IDF (2006).

Resultados:

Foram estudados 110 pacientes com AR, 97,3% mulheres com média de 55,5 anos (DP = 12,9) e duração da doença de 11,2 anos (DP = 7,3). As prevalências de SM do NCEPIII (2005) e IDF (2005) foram, respectivamente, 50% e 53,4%. Idade avançada (57,9 ± 11,9 versus 52,9 ± 13,5; p = 0,04) e carga tabágica > 20 maços ano (29% versus 9%; p = 0,008) estiveram associadas com SM. Os principais componentes da SM foram obesidade abdominal (98,1%), hipertensão arterial (80%) e HDL baixo (72,2%).

Conclusões:

Pacientes com AR de um serviço terciário do Nordeste brasileiro apresentaram alta prevalência de SM. Chama atenção a quase totalidade dos pacientes com SM e obesidade abdominal, o que traz implicações práticas importantes. Além dos componentes de SM, idade e tabagismo se mostrarem associados com SM.

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