Objetivos:

caracterizar puérperas internadas em duas maternidades filantrópicas no município de São Paulo, quanto às características sócio-demográficas, comportamento para promoção da saúde sexual e reprodutiva, e informações e práticas relacionadas à AIDS.

Métodos:

estudo descritivo, exploratório, com 384 puérperas entrevistadas durante a internação. Utilizou-se estatística descritiva.

Resultados:

85 por cento da amostra iniciaram o relacionamento sexual na adolescência; 48 por cento eram analfabetas ou possuíam o primeiro grau incompleto; 60 por cento tinham renda familiar inferior a cinco salários mínimos; 71 por cento eram católicas e 78 por cento viviam em união consensual. Quando grávidas, 65 por cento iniciaram consulta pré-natal no primeiro trimestre; 84 por cento submeteram-se ao teste anti-HIV; 70 por cento acreditavam na fidelidade do parceiro, 56 por cento nunca usaram preservativo e 61 por cento não modificaram seu comportamento em função da epidemia de AIDS.

Conclusões:

o risco de exposição ao HIV mostrou-se presente pelo reduzido número de mulheres que adotavam medidas de sexo mais seguro, desconhecimento do comportamento do parceiro fora do lar, início precoce do relacionamento sexual, pouca abrangência da cobertura do Papanicolaou, presença de DST e uso de drogas. Fatores culturais influenciam esta situação, bem como atitudes na preservação e no controle da própria saúde.