Pneumonia na UTI: bases para a antibioticoterapia empírica
Pneumonia in ICU: bases to empiric antibioticotherapy

Rev. bras. ter. intensiva; 10 (1), 1998
Publication year: 1998

A pneumonia é manifestação muito freqüente nos pacientes internados nas unidades de terapia intensiva podendo ter origem em microorganismos oriundos da comunidade ou hospitalar. A pneumonia ocorre em cinco a 10 casos em 1.000 admissões hospitalares e aumenta de seis a 20 vezes em pacientes submetidos a ventilação mecânica com mortalidade de 10 a 25 por cento. Dados brasileiros indicam que a pneumonia hospitalar ocorre entre sete a 46 por 1.000 internações em pacientes adultos e que 3,4 a 5,4 por cento das pneumonias adquiridas na comunidade necessitam hospitalização com 0,3 a 0,5 por cento de mortalidade. Na fisiopatologia da pneumonia estão envolvidos o estado imunitário e nutricional, colonização microbiana, a quantidade e a virulência do inóculo microbiano, aspiração de secreções contaminadas e a translocação bacteriana. A febre, secreção purulenta, infiltrados novos ou progressivos na radiografia do tórax, leucocitose ou leucopenia são manifestações clínicas comuns. Baseado na classificação da pneumonia, isto é, se comunitária severa, nosocomial e associada à ventilação mecânica precoce ou tardia é proposta uma abordagem terapêutica empírica.

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