Impacto psicológico da interação na Unidade de Terapia Intensiva
Psychological impact of the internment in the Unit of Intensive Therapy

Rev. bras. ter. intensiva; 13 (4), 2001
Publication year: 2001

Com o intuito de estudar sedação em pacientes graves, foram entrevistados, após alta, 54 pacientes, não sedados e internados na Unidade de Terapia Intensiva Cirúrgica da Disciplina de Anestesiologia, Dor e Terapia Intensiva Cirurgia da UNIFESP, sobre a qualidade da internação e experiências consideradas desagradáveis. Foram excluídos pacientes que permaneceram menos de 24 horas ou sem exames indispensáveis para o calculo do índice de gravidade (APACHE II). A sedação foi encontrada em 37,4 por cento dos pacientes, comparavelmente cpm maioria dos autores que relatam-se entre 30 e 50 por cento dos pacientes internados. Entre as indicações de sedação estão as causas de natureza psiquiátrica, como delírio, agitação, medo ansiedade, alem de instalação e manutenção de ventilação mecânica. Assim como em relatos atuais, quarenta e cinco (83,3 por cento) dos 54 pacientes entrevistados toleram bem a internação em Terapia Intensiva, considerando-a boa ou agradável. Apesar disto, quando perguntados sobre ocorrências desagradáveis na internação, espontâneas ou sugeridas, foram as mais lembradas: imobilidade (59 por cento), tubo traqueal e sonda nasograstrica (50 por cento), dor, medo e ansiedade (42 por cento), ausência de sono (40 por cento), ruído excessivo (39 por cento) e aspiração traqueal (38 por cento). Conclui-se que a sedação e recurso terapêutico freqüente em Terapia Intensiva, comumente utilizada para facilitar a ventilação artificial e tratar os problemas de natureza psiquiátrica. No entanto, não se faz necessária como rotina

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