Rev. bras. ter. intensiva; 13 (4), 2001
Publication year: 2001
Objetivos:
avaliar a taxa de mortalidade de pacientes oncológicos submetidos a terapia intensiva e compara-la a taxa de mortalidade dos pacientes não-oncológicos, com o mesmo nível de gravidade, medido pelo APACHE II. Delineamento:
estudo de coorte, contemporâneo. Local:
Centro de Tratamento Intensivo do Hospital de Clinicas de Porto Alegre: (CTI-HCPA), uma unidade de 33 leitos em um hospital terciário, universitário de 780 leitos, . Pacientes:
Foram estudados 137 pacientes internados consecutivamente no CTI-HCPA, sendo excluídos aqueles com período de internação menor que 24 horas e pacientes em pós-operatório de cirurgias cardíacas. Intervenção:
Nenhuma. Medidas:
Os dados de identificação, detalhes clínicos e o APACHE II dos pacientes foram registrados nas primeiras 24 horas de internação no Centro de Tratamento Intensivo. O fator de estudo foi a presença de uma doença neoplasica, diagnosticada histologicamente e o desfecho foi a taxa de mortalidade hospitalar. Os pacientes também foram divididos em dois subgrupos:
um de pacientes com valores do escore APACHE II menores do que 25 e outro de pacientes com valores iguais ou maiores do que 25. Resultados:
a taxa de mortalidade dos pacientes oncológicos foi de 60,7 por cento contra 25,0 por cento dos não-oncológicos (p<0,001); risco relativo = 2,43 (intervalo de confiança de 95 por cento = 1,56 - 3,78). Os pacientes oncológicos com valores do escore APACHE II menores do que 25 apresentaram uma taxa de mortalidade de 45,5 por cento, que foi significativamente maior do que a taxa de mortalidade dos pacientes não-oncológicos com o mesmo nível de APACHE II: 11,0 por cento (p,001); risco relativo = 4,14 (1,97 - 8,69)