Impacto do internamento em unidade de cuidados intensivos na amplitude de movimento de pacientes graves: estudo piloto
Impact of hospitalization in an intensive care unit on range of motion of critically ill patients: a pilot study

Rev. bras. ter. intensiva; 26 (1), 2014
Publication year: 2014

Objetivo:

Aferir a amplitude de movimento articular de pacientes graves durante o internamento numa unidade de cuidados intensivos.

Métodos:

Estudo prospectivo e longitudinal, realizado em uma unidade de cuidados intensivos de um hospital público da cidade de Salvador (BA), no período de setembro a novembro de 2010. A principal variável avaliada foi a amplitude de movimento articular passiva, por meio da goniometria dos cotovelos, joelhos e tornozelos, no momento da admissão e na alta. Todos os pacientes internados no período foram incluídos, sendo excluídos aqueles com tempo de internamento <72 horas e com reduções da amplitude de movimento articular na admissão.

Resultados:

A amostra foi composta por 22 indivíduos, com idade média de 53,5±17,6 anos, tempo de internamento na unidade de cuidados intensivos de 13,0±6,0 e de ventilação mecânica de 12,0±6,3 dias. O APACHE II foi 28,5±7,3, sendo que a maioria dos pacientes era independente funcional previamente ao internamento, com índice de Barthel prévio de 88,8±19. As perdas de amplitude de movimento articular foram 11,1±2,1°; 11,0±2,2°; 8,4±1,7°; 9,2±1,6°; 5,8±0,9° e 5,1±1,0°; para cotovelos, joelhos e tornozelos, respectivamente do lado direito e esquerdo (p<0,001).

Conclusão:

Houve uma tendência de decréscimo nas amplitudes de movimento de grandes articulações, como tornozelo, joelho e cotovelo, durante o internamento em unidade de cuidados intensivos. .

Objective:

To evaluate the joint range of motion of critically ill patients during hospitalization in the intensive care unit.

Methods:

This work was a prospective longitudinal study conducted in a critical care unit of a public hospital in the city of Salvador (BA) from September to November 2010. The main variable evaluated was the passive joint range of motion. A goniometer was used to measure the elbows, knees and ankles at the time of admission and at discharge. All patients admitted in the period were included other than patients with length of stay <72 hours and patients with reduced joint range of motion on admission.

Results:

The sample consisted of 22 subjects with a mean age of 53.5±17.6 years, duration of stay in the intensive care unit of 13.0±6.0 days and time on mechanical ventilation of 12.0±6.3 days. The APACHE II score was 28.5±7.3, and the majority of patients had functional independence at admission with a prior Barthel index of 88.8±19. The losses of joint range of motion were 11.1±2.1°, 11.0±2.2°, 8.4±1.7°, 9.2±1.6°, 5.8±0.9° and 5.1±1.0°, for the right and left elbows, knees and ankles, respectively (p<0.001).

Conclusion:

There was a tendency towards decreased range of motion of large joints such as the ankle, knee and elbow during hospitalization in the intensive care unit. .

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