Rev. bras. ter. intensiva; 27 (1), 2015
Publication year: 2015
Objetivo:
Avaliar e comparar os fatores estressantes identificados pelos pacientes de uma unidade de terapia intensiva coronariana com aqueles percebidos pelos pacientes de uma unidade de terapia intensiva pós-operatória geral. Métodos:
Estudo transversal, descritivo, realizado na unidade de terapia intensiva coronariana e na unidade de terapia intensiva pós-operatória geral de um hospital privado. Participaram 60 pacientes, sendo 30 de cada unidade de terapia intensiva. Para identificação dos fatores estressantes, utilizou-se a escala de estressores em unidade de terapia intensiva. Foram calculados o escore médio de cada item da escala e, em seguida, o escore total de estresse). Após a comparação entre os grupos, as diferenças foram consideradas significantes quando p < 0,05. Resultados:
A idade dos pacientes da unidade de terapia intensiva coronariana foi de 55,63 ± 13,58 e da unidade de terapia intensiva pós-operatória geral foi de 53,60 ± 17,47 anos. Os principais estressores para a unidade de terapia intensiva coronariana foram “sentir dor”, “estar incapacitado para exercer o papel na família” e “estar aborrecido”. Para a unidade de terapia intensiva pós-operatória geral foram “sentir dor”, “estar incapacitado para exercer o papel na família” e “não conseguir se comunicar”. A média do escore total de estresse na unidade de terapia intensiva coronariana foi de 104,20 ± 30,95 e, na unidade de terapia intensiva pós-operatória geral, foi de 116,66 ± 23,72 (p = 0,085). Comparando cada fator estressante separadamente, houve diferença estatisticamente significante apenas entre três itens. “Ter a enfermagem constantemente fazendo tarefas ao redor do leito” foi mais estressante para a unidade de terapia intensiva pós-operatória geral do que para a unidade de terapia intensiva coronariana (p = 0,013). Por outro lado, os itens “escutar sons e ruídos ...
Objective:
To evaluate and compare stressors identified by patients of a coronary intensive care unit with those perceived by patients of a general postoperative intensive care unit. Methods:
This cross-sectional and descriptive study was conducted in the coronary intensive care and general postoperative intensive care units of a private hospital. In total, 60 patients participated in the study, 30 in each intensive care unit. The stressor scale was used in the intensive care units to identify the stressors. The mean score of each item of the scale was calculated followed by the total stress score. The differences between groups were considered significant when p < 0.05. Results:
The mean ages of patients were 55.63 ± 13.58 years in the coronary intensive care unit and 53.60 ± 17.47 years in the general postoperative intensive care unit. For patients in the coronary intensive care unit, the main stressors were “being in pain”, “being unable to fulfill family roles” and “being bored”. For patients in the general postoperative intensive care unit, the main stressors were “being in pain”, “being unable to fulfill family roles” and “not being able to communicate”. The mean total stress scores were 104.20 ± 30.95 in the coronary intensive care unit and 116.66 ± 23.72 (p = 0.085) in the general postoperative intensive care unit. When each stressor was compared separately, significant differences were noted only between three items. “Having nurses constantly doing things around your bed” was more stressful to the patients in the general postoperative intensive care unit than to those in the coronary intensive care unit (p = 0.013). Conversely, “hearing unfamiliar sounds and noises” and “hearing people talk about you” were the most stressful items for the patients in the coronary intensive care unit (p = 0.046 and 0.005, respectively). ...