Sepse bacteriana no período neonatal: aspectos clínicos e laboratoriais
Bacterial sepsis in the neonatal period: clinical and laboratorial aspects

Rev. bras. ter. intensiva; 4 (1), 1992
Publication year: 1992

Foram analisados os prontuários de 583 recém-nascidos que estiveram internados na UTI-Neonatal do Hospital Säo Vicente de Paulo, Rio de Janeiro, RJ, no período de junho de 1982 a junho de 1989. Destes, foram estudados 55 recém-nascidos que apresentaram 56 episódios de sepse comprovada através de hemocultura positiva. Analisaram-se os sinais clínicos e laboratoriais de sepse neste grupo, ordenando-os em ordem de freqüência. A seguir, o grupo foi dividido em três subgrupos de acordo com a faixa ponderal (subgrupo I - abaixo de 1.500 g; subgrupo II - entre 1.500 e 2.500 g; subgrupo III - acima de 2.500 g) e os sinais clínicos e laboratoriais atribuídos à sepse foram distribuídos por ordem de freqüência em cada subgrupo. Concluiu-se que os sinais clínicos apnéia e hipotermia foram significativamente mais freqüentes no subgrupo I (p < 0,01), assim como bradicardia, distensäo abdominal e fenômeno vasomotor (p < 0,05). O sinal clínico febre incidiu mais no subgrupo III (p < 0,05). O único sinal laboratorial que mostrou diferença estatisticamente significativa na sua distribuiçäo foi o número de neutrófilos imaturos aumentado que incidiu mais nos subgrupos II e III (p < 0,05). Numa segunda fase do estudo, considerou-se o momento da impressäo clínica de sepse como "tempo zero" e criaram-se intervalos de tempo relacionados a este momento, objetivando classificar o momento de aparecimento de cada sinal clínico e laboratorial como precoce (aqueles que surgissem até 12 h após a impressäo clínica de sepse em mais de 50 por cento dos casos) ou tardio (aqueles que surgissem decorridas 12 h ou mais da impressäo clínica de sepse em mais de 50 por cento dos casos).

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