Um estudo das condiçöes de funcionamento das UTIs de Adultos realizado pela Sociedade Cearense de Terapia Intensiva (SOCETI) no mês de maio de 1993 na cidade de Fortaleza, Ceará, mostrou resultados preocupantes. Ficou evidenciado um quadro caótico, inclusive na área da regulamentaçao dos serviços, posto que nao há padronizaçäo mínima, havendo apenas aleatórias recomendaçöes de setores relacionados (ex-INAMPS. Ministério da Saúde), num arcabouço de normas "oficiais" propositadamente frouxas e sem a menor seriedade. A SOCETI, entäo, em parceria com a Secretaria da Saúde do Estado do Ceará, promoveu gestöes no sentido de se criar normas mínimas para implantaçäo e funcionamento de UTIs no Estado do Ceará. O presente trabalho é resultado desta parceria, estando já vigorando em todo o Estado. De acordo com a faixa etária dos pacientes aos quais säo destinadas, foram definidos três tipos de UTIs: de Adultos, Pediátrica e Neonatal. A UTI de adultos (dita geral) é descrita com detalhes e, nas definiçöes das UTIs Pediátrica e Neonatal, procurou-se descrever os critérios divergentes dos da UTI referencial. A presente normatizaçäo tem a pretensäo de contribuir para o debate a nível nacional dos critérios de implantaçao e funcionamento de UTIs, objetivando a melhoria das condiçöes de trabalho do intensivista e da qualidade da assistência intensiva, bem como o reconhecimento e crescimento da especialidade.