A participaçäo dos radicais livres (RL) nos processos fisiopatológicos envolve praticamente todas as áreas da medicina e o interesse dos especialistas em terapia intensiva pelo papel dos radicais livres na doença crítica é crescente. O estudo destes elementos na sepse traz novas perspectivas terapêuticas. Os trabalhos acumulados na literatura apresentam um conhecimento bastante razoável sobre a origem e a fisiopatologia dos radicais livres nos processos patológicos. Sabe-se hoje que existe uma multiplicidade de origens, particularmente das espécies ativas do oxigênio, como por exemplo a desorganizaçäo da via de transporte de elétrons da mitocôndria, os processos de isquemia e reperfusäo e a produçäo a partir das células polimorfonucleares ativadas. O objetivo desse artigo é, a partir da revisäo das últimas publicaçöes, condensar o que tem sido descrito sobre a participaçäo dos radicais livres na sepse, salientando o conhecimento das vias metabólicas de produçäo e a necessidade de mais estudos para se estabelecer a correta abordagem terapêutica nesta área.