Atividade in vitro de plantas condimentares (Rosmarinus officinalis L., Lippia graveolens HBK e Thymus vulgaris L. ) contra o calicivírus felino
In vitro activity of plants used as condiments (Rosmarinus officinalis L., Lippia graveolens HBK e Thymus vulgaris L. ) against the feline calicivirus

Rev. ciênc. farm. básica apl; 36 (1), 2015
Publication year: 2015

O calicivírus felino (FCV) é um importante patógeno de gatos que causa lesões ulcerativas orais e infecções respiratórias. O vírus tem sido utilizado como modelo experimental para avaliação de agente antivirais contra norovírus (NoVs). Nesse estudo, investigou-se a ação dos óleos essenciais de alecrim (Rosmarinus officinalis L.), orégano mexicano (Lippia graveolens HBK.) e tomilho (Thymus vulgaris L.) frente ao FCV, in vitro. A toxicidade celular foi testada pelo método de MTT e os ensaios antivirais pelo teste de redução de placas.

Três protocolos foram aplicados:

a) diferentes concentrações não tóxicas dos óleos essenciais (CNTOE) foram incubadas com o vírus por 1 hora antes da inoculação (ensaio virucida); b) CNTOE foram adicionadas às células CRFK e incubadas por 1 hora antes da adsorção viral (ensaio de pré-tratamento); c) CNTOE foram adicionadas às células após a inoculação do FCV e mantidas por 18 horas (ensaio de pós-tratamento). A CC 50 para os óleos de alecrim, orégano mexicano e tomilho foram: 1300,21 ?g mL -1 ; 435,92 ?g mL -1 e 675,34 ?g mL -1 ; respectivamente. O óleo essencial de tomilho apresentou índice de seletividade [IS=CC 50 /CI 50 ] de 8,57 para o ensaio de pré-tratamento e 6,2 no ensaio virucida. O óleo de alecrim mostrou atividade antiviral no ensaio virucida (IS=6,54) e de pós-tratamento (IS=6,86). O orégano mexicano apresentou IS de 5,75 no ensaio virucida e 5,59 no de pós-tratamento. Conclui-se que os óleos essenciais de tomilho e alecrim apresentaram atividade frente ao FCV em diferentes momentos da infecção viral.(AU)
The feline calicivirus (FCV) is an important pathogen of feline causing oral ulcerative lesions and respiratory disease. This virus has been used as a model to evaluate antiviral compounds against Norovirus (NoVs). In this study, the essential oils of rosemary (Rosmarinus officinalis L.), mexican oregano (Lippia graveolens HBK) and thyme (Thymus vulgaris L.) were examined for their activity towards FCV, in vitro. The cytotoxicity was determined by the MTT test and the antiviral assays were performed by the plaque reduction test.

Three protocols were applied:

a) different non-toxic concentrations of the essential oils (NTCEO) were incubated with the virus for 1 hour before viral inoculation (virucidal assay); b) NTCEO were added to CRFK cells and incubated for 1 hour before viral adsorption (pre-treatment assay); c) NTCEO were added to cells after virus inoculation and maintained for 18 hours (post-treatment assay). The cytotoxic concentration at 50% (CC 50 ) for the essential oils of rosemary, mexican oregano, and thyme were: 1300.21 ?g mL -1 ; 435.92 ?g mL -1 and 675.34 ?g mL -1 ; respectively. The essential oil of thyme showed a selectivity index (IS=CC 50 /CI 50 ) of 8.57 at the cell pre-treatment assay and 6.2 at the virucidal assay. The essential oil of rosemary showed antiviral activity at the virucidal assay (IS=6.54) and, also, at the post- treatment assay (IS=6.86). The mexican oregano showed an IS of 5.75 at the virucidal assay and 5.59 at the post-treatment. Therefore, it can be concluded that the essential oils of thyme and rosemary show antiviral activity against FCV in different times of the infection.(AU)

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