ABCD (São Paulo, Impr.); 29 (1), 2016
Publication year: 2016
Background :
Bariatric operations have variable range of complications and postoperative benefits. Gastroesophageal reflux is considered potential factor that may result in damage to the esophageal mucosa and this subject is quite controversial in the literature. Aim:
To evaluate patients who underwent to Roux-en-Y gastrojejunal bypass correlating epidemiologic and endoscopic findings in pre and postoperative periods. Method:
A retrospective, paired study which evaluated 110 patients. Inclusion criteria were formal indication for bariatric surgery and patients with pre and postoperative endoscopy. Exclusion criteria were previous bariatric surgery, patients subjected to other types of bariatric surgery and those who had no pre or postoperative upper digestive endoscopy. The epidemiological variables were:
sex, age, body mass index, type 2 diabetes mellitus or impaired glucose tolerance, and preoperative dyslipidemia. Results:
The preoperative upper endoscopy was normal in 26.4% of the patients. Among endoscopic alterations, the hiatus hernia was the most prevalent followed by non-erosive gastritis. The postoperative upper endoscopy was normal in 40.9% and stenosis was the most prevalent followed by marginal ulcer. Correlation on pre and postoperative endoscopies, was found 100% reduction of hiatal hernias and 88% of esophagitis. There was no statistical significance in relationship to anastomotic stenosis with preoperative other variables. Conclusions . There was significant decrease in postoperative hiatus hernia, erosive esophagitis, non-erosive esophagitis, erosive gastritis and non-erosive gastritis with the operation. Stenosis of the gastrojejunostomy anastomosis was the most prevalent postoperative complication with no correlation with preoperative variables.
Racional:
As operações bariátricas apresentam gama variável de complicações e benefícios pós-operatórios. O refluxo gastroesofágico é considerado potencial fator que pode produzir lesões na mucosa esofágica e este tema é bastante controverso na literatura. Objetivos:
Correlacionar dados epidemiológicos e sua relação com achados endoscópicos no pré e pós-operatórios de pacientes submetidos ao bypass gastrojejunal em Y-de-Roux. Métodos:
Estudo retrospectivo, pareado no qual foram avaliados 110 pacientes. Os critérios de inclusão foram indicação formal à cirurgia bariátrica e possuir endoscopias digestivas altas do pré e pós-operatório. Foram excluídos pacientes submetidos a operações bariátricas prévias; a outros métodos cirúrgicos bariátricos; que não possuíssem endoscopia digestiva alta pré e pós-operatórias. As variáveis epidemiológicas estudadas foram:
sexo, idade, IMC, diabete melito tipo 2 ou tolerância à glicose diminuída, e dislipidemia no pré-operatório. Resultados:
O sexo feminino foi prevalente em 73,6% da amostra, a idade média de 37,3 anos; o IMC foi de 40,3 kg/m2. O diabete melito tipo 2 ou tolerância à glicose diminuída foi diagnosticada em 38,2% dos pacientes e a dislipidemia em 53,6%. A endoscopia digestiva alta pré-operatória foi normal em 26,4%. A hérnia de hiato foi alteração mais prevalente, seguida pela gastrite não erosiva. No pós-operatório a endoscopia foi normal em 40,9%, a estenose da anastomose gastrojejunal foi a alteração mais prevalente, seguida da úlcera marginal. Correlacionando-se as endoscopias pré e pós-operatórias encontrou-se redução de 100% das hérnias de hiato e 88% das esofagites. As demais variáveis não apresentaram significância estatística. Conclusões:
A correlação entre os achados pré e pós-operatórios das endoscopias digestivas altas indicou diminuição no pós-operatório de hérnia hiatal, esofagite erosiva, esofagite não erosiva, gastrite erosiva e gastrite não erosiva. A estenose da anastomose gastrojejunal foi a complicação pós-operatória mais prevalente sem correlação com as variáveis pré-operatórias estudadas.