ABCD (São Paulo, Impr.); 29 (3), 2016
Publication year: 2016
ABSTRACT Background:
The anorectal anomalies consist in a complex group of birth defects. Laparoscopic-assisted anorectoplasty improved visualization of the rectal fistula and the ability to place the pull-through segment within the elevator muscle complex with minimal dissection. There is no consensus on how the fistula should be managed. Aim:
To evaluate the laparoscopic-assisted anorectoplasty and the treatment of the rectal urinary fistula by a bipolar sealing device. Method:
It was performed according to the original description by Georgeson1. Was used 10 mm infraumbilical access portal for 30º optics. The pneumoperitoneum was established with pressure 8-10 cm H2O. Two additional trocars of 5 mm were placed on the right and left of the umbilicus. The dissection started on peritoneal reflection using Ligasure(r). With the reduction in the diameter of the distal rectum was identified the fistula to the urinary tract. The location of the new anus was defined by the location of the external anal sphincter muscle complex, using electro muscle stimulator externally. Finally, it was made an anastomosis between the rectum and the new location of the anus. A Foley urethral probe was left for seven days. Results:
Seven males were operated, six with rectoprostatic and one with rectovesical fistula. The follow-up period ranged from one to four years. The last two patients operated underwent bipolar sealing of the fistula between the rectum and urethra without sutures or surgical ligation. No evidence of urethral leaks was identified. Conclusion:
There are benefits of the laparoscopic-assisted anorectoplasty for the treatment of anorectal anomaly. The use of a bipolar energy source that seals the rectal urinary fistula has provided a significant decrease in the operating time and made the procedure be more elegant.
RESUMO Racional:
As anomalias anorretais consistem de um grupo complexo de defeitos congênitos. A anorretoplastia laparoscópica permite melhor visualização da fístula retourinária e propicia o posicionamento do reto abaixado dentro do complexo muscular do elevador do ânus com mínima dissecção. Não há consenso na literatura sobre o melhor tratamento dessa fístula. Objetivo:
Avaliar a anorretoplastia laparoscópica e o selamento bipolar da fístula retourinária. Método:
Ela foi realizada de acordo com a descrição original de Georgeson1. Utilizou-se o acesso infraumbilical com portal de 10 mm para a ótica de 30º. O pneumoperitônio foi estabelecido com pressão de 8-10 cm de H2O. Dois trocárteres adicionais de 5 mm foram colocados à direita e à esquerda da cicatriz umbilical. A dissecção foi iniciada na reflexão peritoneal usando Ligasure(r). Com a redução do calibre do reto distalmente, foi identificada a fístula para a o trato urinário. O local do novo ânus foi definido por meio da localização do complexo muscular do esfíncter anal externo, utilizando-se estimulador eletro muscular externamente. Por fim, foi confeccionada uma anastomose entre o reto e o novo local do ânus. Uma sonda uretral de Foley foi deixada durante sete dias. Resultados:
Sete meninos foram operados, seis com fístula retoprostática e um retovesical. O período de seguimento variou de um a quatro anos. Os dois últimos pacientes operados foram submetidos ao selamento bipolar da fístula entre o reto e a uretra, sem suturas ou ligadura cirúrgica com pontos. No seguimento em longo prazo não houve evidências de fístulas urinárias. Conclusão:
Há benefícios da anorretoplastia laparoscópica para o tratamento de anomalia anorretal. O uso de uma fonte de energia bipolar que promova o selamento da fístula retourinária propiciou redução significativa do tempo cirúrgico e tornou o procedimento mais elegante.